Coligação de Dilma tem dobro de candidatos que Serra
Partidos da base lançaram 8,4 mil candidatos para as eleições do fim do ano; Coligação encabeçada pelo PSDB, 4 mil
Adriano Ceolin e Severino Motta, iG Brasília | 14/07/2010 20:32
A coligação da candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff, terá mais que o dobro de candidatos que a de José Serra (PSDB). Incluindo os próprios presidenciáveis, serão 8.430 cabos eleitores de luxo da petista contra 4.023 do tucano. O PV, de Marina Silva, terá 1.232 concorrentes. Os outros partidos somam 5.579 candidatos.
O levantamento foi feito pelo iG com dados do registro de candidaturas apresentados no TSE até o dia 10 de julho. Fazem parte da soma candidatos a presidente, vice-presidente, governador, vice-governador, senador, primeiro e segundo suplente de senador, deputados federais e estaduais.
Dilma tem dobro de candidatos que Serra
Coligação da petista soma 8439 candidatos contra 4023 do tucano
O iG publicou nesta quarta-feira que o PV é o partido individualmente com o maior número de candidatos. No entanto, com dez partidos (PT-PMDB-PCdoB-PDT-PRB-PR-PSB-PSC-PTC-PTN), é a coligação de Dilma que contará com mais postulantes a cargos públicos.
O número poderia ser ainda maior se o PP (com 818 candidatos) tivesse sido computado como mais um partido da coligação encabeçada pelo PT. Nesta quarta-feira a legenda chegou a declarar apoio informal à Dilma, oficialmente, porém, o partido se manterá neutro na disputa.
O presidente nacional do PT e coordenador da campanha de Dilma, José Eduardo Dutra, disse que o grande número de candidatos não é decisivo para se vencer a eleição, mas ajuda bastante. “Entendo que somos favorecidos neste aspecto pela capilaridade que terá nossa campanha”, disse.
Dutra lembrou, no entanto, que em 2002 o PT não tinha a maior coligação, mas acabou vencendo a eleição com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “É positivo, mas não podemos levar a ferro e fogo como sinalização de vitória. Se só isso bastasse, em 2002 nós não ganharíamos”.
O cientista político David Fleischer, da Unb (Universidade de Brasília), disse que o total de candidatos na chapa de Dilma é “um peso importante”. Para ele, é “evidente que Serra está em desvantagem e terá dificuldades em palanques estaduais”.
Fleischer lembra ainda que o DEM, principal parceiro do tucano, deverá diminuir de tamanho. “Treze dos atuais deputados federais do DEM não vão se candidatar. O partido se transformará num partido médio”, explicou o cientista político.
De acordo com o levantamento do iG, o DEM é apenas o 12º partido com mais candidatos. Ao todo, serão 775. A sigla, presidida pelo deputado federal Rodrigo Maia (RJ), fica duas posições à frente do PPS, que também compõe a aliança de Serra e lançou 746 candidatos.
Apesar dos números desfavoráveis, o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), afirma “que é natural” Dilma ter mais candidatos. “O partido dela está no governo e a coligação tem o dobro de partidos que nós”, disse.
Almeida minimiza o potencial de força da coligação. “Tem muita gente que se registra como candidato e acaba não fazendo campanha. Ou então faz campanha para os colegas”, disse. “O importante é ter candidatos fortes”, finalizou.
Fonte Ultimo Segundo
O IMPORTANTE É TER CANDIDATOS FORTES! QUEM TEM A FORÇA?
O Plantão deste sábado segue-se sem novidades. Cumprindo o dever, como médico-emergencista, permaneço nele , sem afastar-me , em regime de 24 horas. O computador está à mão. As conversas sôbre política e políticos fluem e deságuam em Dilma, Serra e no onipresente Lula. O São Lula, de Ciro Gomes.Discutimos um pouco sôbre estatização e estado nacional,tecemos considerações inevitáveis sôbre estatização e privatização e , por fim, nos concentramos nas Eleições 2010, de suma importância para todos. Refletimos sôbre o formidável "exército dilma-temer-lulista" e não podemos deixar de reconhecer a extraodinária capacidade de aglutinação dos políticos situacionistas. Não há limites ideológicos. O "mix" é digno dos melhores liquidificadores e , naturalmente, todos são bem intencionados e desejam o melhor para o Brasil e para o Povo. Boas intenções à parte, temos que admitir que a extraordinária capilaridade da coligação situacionista coloca-a em posição privilegiada.Analisando o quadro de Prefeitos e respectivos Partidos, vê-se que a Coligação para o Brasil Seguir Mudando conta , oficialmente, com 2.982 prefeitos e se admitirmos uma adesão em iguais proporções de PP e PTB, êstenúmero salta para 3.430 prefeitos. Admitindo-se adesão semelhante para a Coligação O Brasil Pode Mais(+200 prefeitos do PTB) chega-se a 1486 Prefeitos. A Coligação Dilma/Temer tem o dobro de Prefeitos. Sem avaliar o poder de persuasão dos prefeitos de capitais,temos que admitir que a capacidade de convencimento de quem exerce o Poder,é devastadora. Encontra-se , sem dúvida, em situação privilegiada os que são apoiados pelo Planalto. O arco-íris ideológico liderado por PMDB/PT , dará a partida em nítida vantagem.Entretanto, a impressionante capacidade de conquistar votos do cabeça de chapa da "Pode Mais" pode surpreender e tornar possível uma vitória ,mesmo em condições desfavoráveis. Quanto a mim e alguns diligentes colegas, preferimos seguir o exemplo de alguns prefeitos de direita que usam gravatas vermelhas e não acreditam em milagres, embora acreditem em chances matemáticas, se as circunstâncias o exigem. Deste modo, o tempo é de tapetes vermelhos e do mais absoluto ecletismo que contamina tudo e todos. Não custa lembrar que o substrato legal para esta temporada de práticas políticas ecléticas foi dado com o fim da Verticalização Partidária que deu origem ao político flexível, amorfo, pragmático e ultra-eclético:o pé-direito, na esquerda e o seu simétrico,na direita.A mercantilização que assola a medicina, parece epidemizar-se e disseminar-se nos costumes políticos. Deus seja louvado e tenha misericórdia dos cidadãos!
oldecir marques
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