Primeira e única mulher à frente da Prefeitura de Salvador, a economista Lídice da Mata foi eleita em 1992 com o apoio de uma ampla coligação partidária. A sua administração foi marcada por realizações voltadas para o social, apesar do grande cerco de comunicação e econômico que enfrentou, comandado pelo grupo político que governava a Bahia na época.
A sua carreira política teve início no movimento estudantil, como líder, quando ainda cursava economia, na Faculdade de Ciências Econômicas da Ufba. Destemida, teve intensa participação nas lutas populares pela anistia e contra a ditadura e na campanha das diretas já.
Filha da cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, veio para Capital e se engajou na luta do povo que a acolheu, sendo eleita vereadora de Salvador, em 1982, liderando as bancadas do PMDB e do PC do B na Câmara Municipal. Em 1986, elegeu-se pela primeira vez, deputada federal, participando da Assembléia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição do Brasil. Concorreu ao governo da Bahia, em 90, numa chapa feminina e socialista.
Dois anos depois de deixar a Prefeitura de Salvador, recebeu nas urnas o reconhecimento do seu trabalho e foi a candidata a deputada estadual mais votada na Capital, reeleita em 2002, com a terceira colocação. Na Assembléia Legislativa, exerceu por duas vezes o cargo de líder da bancada de oposição - 2000 e 2005.
Em 2004, recebeu o "Troféu Destaque Parlamentar", nesse mesmo ano se candidatou mais uma vez ao cargo de prefeita pela coligação denominada "Salvador, Cidade Mãe, Educação e Trabalho", formada pelo PSB, PMDB, PPS e PCB, obtendo 124.856 votos (10,36%).
Em 2006, com uma expressiva votação, Lídice voltou ao Congresso Nacional, eleita deputada federal pela Bahia, com 188.927 votos, sendo a mais bem votada na capital baiana. Na Câmara, teve destacada atuação na Comissão de Turismo e Desporto, como presidente, apresentando e votando importantes projetos para a fomentação do turismo no estado e no Brasil, a exemplo da Lei Geral do Turismo (LGT).
Lídice, que atualmente preside o PSB da Bahia, foi fundadora do Instituto Pensar (Centro de Estudos e Debates voltados para discussão de temas relevantes para cidade) e consultora do Projeto Axé, programa responsável pela educação e assistência a jovens e adolescentes em situação de risco social. Como prefeita de Salvador, promoveu políticas sociais inovadoras e educativas, por meio de inúmeros projetos, destacando-se a "Fundação Cidade Mãe", premiado nacional e internacionalmente e um dos mais bem sucedidos programas de assistência a crianças e jovens desenvolvidos na Bahia.
Ainda como prefeita promoveu a participação da Prefeitura de Salvador como signatária da carta de fundação do CIDEU - Centro Ibero Americano de Desenvolvimento Estratégico Urbano -, voltado para a prática de novas formas de realização do planejamento urbano das grandes cidades. Mapeou e apoiou os "sítios" históricos e devocionais. Moralizou e profissionalizou o carnaval de Salvador proporcionando um maior desenvolvimento econômico da cidade e do turismo no Estado da Bahia.
A sua gestão na Prefeitura tem sido até hoje motivo de pesquisas e estudos em institutos, universidades e faculdades, sendo tema de teses de mestrado e doutorado.
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