Datafolha mostra empate
técnico entre Dilma e Serra
Candidato do PSDB tem 37% das intenções de voto e petista 36%
Em um possível segundo turno, Dilma e Serra também estão empatados técnicamente. A petista aparece com 46% dos votos, contra 45% de Serra. O total de votos brancos e nulos é de 5% e dos que disseram não saber em quem vai votar, 5%.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada no dia 2 de julho, Dilma e Serra apareciam tecnicamente empatados, com 39% para Serra e 38% para Dilma, o que configurava empate técnico. Marina tinha 10% em julho.
A pesquisa Datafolha tem margem de erro de dois pontos percentuais. A sondagem ouviu 10.730 eleitores entre os dias 20 e 23 de julho a pedido do jornal Folha de S.Paulo e da TV Globo.
Divulgada nesta sexta-feira (23), a pesquisa Vox Populiapontou oito pontos de vantagem de Dilma sobre Serra. A petista tem 41% contra 33% do tucano. São as primeiras sondagens após o início oficial da campanha. A candidata do PV, Marina Silva, continua na terceira posição, com 8%. Os outros presidenciáveis, juntos, não chegam a 1%.
Dilma também leva vantagem no segundo turno, de acordo com o Vox Populi. Segundo a sondagem, a petista tem 46% contra 38% do tucano. Brancos e nulos somam 4%, os que responderam não saber em quem votar chegam a 13%.
A pesquisa foi feita entre os dias 20 e 23 de julho, em 379 municípios, e foram ouvidos 10.905 eleitores. O levantamento tem margem de erro máxima de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, e foi resgistrado sob o número 19890/2010 no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Fonte:R7
METODOLOGIA DO DATAFOLHA
Por Luís Nassif.
"Diferenças de metodologia" é uma maneira eufemística de analisar a metodologia da Folha em relação ao Vox Populi, Instituto Sensus e IBOPE. Pode parecer algo como "diferença de opinião" em que cada qual tem a sua e ambas são legítimas.
Na verdade, dos quatro institutos o Datafolha é o único que utiliza a metodologia mais vulnerável.
Os outros três pegam o perfil da população brasileira montado pelo IBGE. Depois, mapeiam estados, regiões, cidades, bairros e vilas. Anotam a proporção de casas e de população que reflitam o perfil montado pelo IBGE. Como vão de casa em casa - dentro da amostragem escolhida - os resultados refletem o perfil da população eleitora.
Já o Datafolha não. Montou uma metodologia menos rigorosa, visando economizar recursos. Na verdade, a estrutura do Datafolha é cheia de gorduras. Não consegue fazer pesquisas a preços competitivos com seus rivais. Essa gordura não está na parte analítica, mas no meio, na disfunção gerencial. Para compensar essa gordura, fez economia onde não devia: dispensou especialistas e montou uma metodologia falha, visando economizar na ponta - e não no meio, como deveria ser.
Assim, em vez de montar a amostragem rigorosamente, fazendo entrevistas de casa em casa, de acordo com um perfil de entrevistados condizentes com os dados do IBGE, coloca seus pesquisadores em locais públicos, caçando pesquisados na base do olhômetro. Esse aqui tem cara de ser secundarista, este de ser classe média. Só depois de preenchidos os questionários é que vão montar o perfil dos entrevistados - que acaba quase nunca batendo com o perfil da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio)
Com isso capta movimentos errados, monta amostragens incorretas - já que a idade, condição social e educacional dependem do olhômetro e acabam não refletindo o perfil da população brasileira levantada pelo IBGE.
Agora, nem isso justifica 9 pontos de diferença. Uma das duas está profundamente errada.
Datafolha: 41% apostam em vitória de Dilma; 30%, na de Serra
O Globo
RIO - Pesquisa Datafolha, publicada na edição deste domingo do jornal "Folha de S.Paulo", mostra que, para 41% dos entrevistados, a vencedora da corrida eleitoral será Dilma Rousseff (PT), enquanto outros 30% acreditam na eleição de Serra. No levantamento divulgado na véspera, a petista e o tucano aparecem em empate técnico. Dos entrevistados, 2% apostam em uma vitória de Marina Silva (PV), e 26% dizem não saber quem sairá eleito. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Questionados sobre o grau de convicção em relação ao voto, os eleitores de Dilma se dizem mais decididos do que os de Serra. Segundo a pesquisa, 78% dos que apoiam Dilma dizem estar "totalmente decididos" - índice que se manteve estável em relação à sondagem anterior-, contra 19% que admitem mudar de candidato - antes, eram 20%. Dos eleitores de Serra, 30% declaram que podem mudar de voto - contra 28% do último levantamento. Já 67% dizem estar "totalmente decididos" - antes, eram 70%.
A pesquisa mostra ainda a convicção dos eleitores de Marina: 38% admitem mudar de voto, contra 58% que não têm dúvida. No total, 69% dizem já ter escolhido o candidato com convicção, ao passo que 27% admitem ainda poder mudar de ideia.
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Google Buzz 0 Dilmista(s) Editado(a) por Jussara Seixas
Como a Folha manipula a
amostra para ajudar o Serra
O Conversa Afiada republica e-mail de amigo navegante que entende de estatística:
Problemas com a pesquisa
Para a avaliação dos resultados:
Problema 1: a amostra é URBANA, não vai ao RURAL
A amostra por fluxo de ponto (fluxo de pessoas nas ruas) somente vai ao URBANO (85% do país), não vai ao RURAL (15% do país), onde Lula e Dilma Rousseff apresentam percentuais ainda maiores de aprovação. Não há cruzamentos das intenções de voto por URBANO e RURAL.
Problema 2: amostra telefônica
A amostra coletada equivale a uma AMOSTRA TELEFÔNICA do país. Na entrevista coleta-se, necessariamente, o nome e o telefone do entrevistado para checagem. Os últimos dados do IBGE mostram que somente 44,4% dos domicílios têm telefone fixo, e somente 75,5% dos domicílios têm usuários de celular. É uma amostra dos mais ricos.
Problema 3: a amostra tem a ESCOLARIDADE errada
A amostra é somente calculada para SEXO e IDADE, com desvios na ESCOLARIDADE coletada. Na última pesquisa, o ENSINO FUNDAMENTAL aparece com 47,6%, enquanto pelos dados do IBGE é de 55,2%. A amostra privilegia o voto de maior escolaridade.
Problema 4: nomes dos candidatos são apresentados sem os partidos
Os nomes dos candidatos aparecem sem os nomes dos partidos. Como Dilma Rousseff é menos conhecida como a candidata de Lula e do PT, a pesquisa induz os resultados para José Serra, diminuindo as intenções de voto em Dilma Rousseff.
www.datafolha.com.br
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