"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O FALSO MITO DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO



"País perde manufatura, diz indústria"; "Déficit na indústria piora em 2010"; "Para governo, país não passa por desindustrialização"; "Brasil importa alta tecnologia chinesa"; "Quando acabar a farra, o que sobrará da indústria?".

Com essas quatro matérias e mais um artigo (o último) cujos títulos coloco acima, a Folha de S,Paulo volta à carga com a tese da desindustrialização do Brasil. Um absurdo, porque na prática o noticiário diário do próprio jornal demonstra o contrário e mostra que crescem os investimentos em todos os setores da indústria.

Hoje mesmo o jornal traz a notícia de que a Camargo Correa, seguindo o exemplo da concorrente Votorantim, anunciou investimentos de R$ 14 bi na indústria de cimento. Ampliam-se os investimentos, também, na infraestrutura, nas áreas de petróleo, gás, energia e em toda cadeia industrial, inclusive no setor químico, eletroeletrônico e de bens de capital.

Uma mentira que interessa aos tucanos

Mas a Folha se aproveita de dados isolados e de determinadas conjunturas para criar o mito que interessa ao discurso tucano da desindustrialização. Mesmo quando a realidade é outra - bem outra. Ao contrário da época dos governos FHC/Serra (1995-2002), hoje a indústria tem desonerações, juros especiais e crédito a longo prazo do BNDES. Temos política industrial e de inovação, mercado interno em expansão, apoio às exportações e acesso à tecnologia.

Os entraves representados pelo câmbio valorizado e a carga tributária podem e devem ser removidos. E serão, até porque os custos com infraestrutura e crédito tendem a diminuir e a produtividade em geral a aumentar. Assim, mesmo considerando que nossa matriz produtiva industrial tende a mudar - como em todos os países desenvolvidos - e o setor de serviços a crescer, o futuro de nossa indústria esta garantido.

Basta ver, por exemplo, os investimentos no setor de ponta de gás e petróleo, energia e meio ambiente, em tecnologia e inovação, nas áreas de fármacos, máquinas e equipamentos, nos setores espacial, da cibernética e da biotecnologia. É olhar para isso e já se chega a uma conclusão, límpida, inversa a do jornalão paulista.
BLOG DO ZÉ


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