Em visita à Europa, Dilma defende a manutenção da atual política externa
15.06.2010
A candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, afirmou hoje, em Paris, que a política externa de sucesso do governo Lula deve ser mantida nos próximos anos. Amanhã, ela tem o primeiroENCONTRO COM CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO EUROPEUS. Segundo Dilma, a reunião com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, tem a intenção de reforçar a parceria estratégica entre os dois países.
“Eu fui convidada aqui pelo presidente Sarkozy, e a mensagem [que trazemos] é continuar com a parceira estratégica que o governo do presidente Lula manteve com a França nesses últimos anos", disse. "Já tivemos uma parceria no submarino e, daqui para frente, é manter esse relacionamento. É uma reunião para manifestar justamente essa posição.”
Dilma afirmou que as negociações internacionais podem sempre demorar, como a do Mercosul com a União Europeia, mas não significa que elas são irrealizáveis. “Se falássemos em 2002 que o Brasil pagaria a divida externa, ninguém acreditaria. E nós pagamos."
Segundo ela, o Mercosul merece atenção especial porque reúne países vizinhos importantes. "Muitas vezes me perguntam: vocês têm política de privilegiar a América Latina, o Mercosul. Acredito que essa política tem que ser feita, afinal é a nossa região. Mas, isso não impede que haja o nosso empenho em estreitar as relações com os países da Europa.”
Em relação ao Irã, Dilma voltou a defender a atuação do Brasil na costura de um acordo sobre enriquecimento de urânio na Turquia, para programas pacíficos. Para ela, essa é uma posição do Brasil em favor da afirmação pela paz.
“Pretendemos, sem dúvida, manter uma política pró-paz, até que nos provem que sanções [ao Irã] e uma política de guerra conduzem o mundo a uma situação melhor", argumentou.
A estratégia brasileira, ressaltou Dilma, é evitar o isolamento de um país nas relações internacionais e, consequentemente, o acirramento dos conflitos. "Nós não achamos que a política que leva ao conflito e à guerra resultou em algum benefício. A guerra do Iraque é um momento triste na história da humanidade e então vemos como necessário evitar que isso se propague e continue.”
Dilma explicou ainda a importância das reuniões que manterá na Europa com o presidente da França; o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso; o primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Zapatero; e o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates.
“[Essa viagem] estabelece claramente uma posição relação ao cenário internacional", afirmou, acrescentando. "Vamos manter a política externa do governo do presidente Lula que combina a diversificação de parcerias, as relações com a América Latina, com a África, e também com os nossos parceiros tradicionais. Uma coisa não impede a outra."
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