"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sábado, 15 de maio de 2010

DICLOROACETATO NO COMBATE AO CÂNCER DE CÉREBRO


Dicloroacetato composto é uma droga barata e relativamente não tóxica que afeta o crescimento dos tumores Divulgação/Universidade de Alberta

Pesquisadores da Universidade de Alberta durante estudo em laboratório
Pesquisadores da Universidade de Alberta demonstraram que uma droga genérica barata e relativamente não tóxica pode ser um tratamento potencial para um dos mais mortais de todos os cânceres humanos: o câncer de cérebro, conhecido também como glioblastoma.

Uma equipe de investigação multidisciplinar liderada por Evangelos Michelakis e Petruk Kenn, professores de medicina da Faculdade de Medicina e Odontologia, publicou evidências de que o dicloroacetato composto, ou DCA, afeta o crescimento de tumores em humanos com glioblastoma.

Não há, atualmente, nenhum tratamento eficaz para esse tipo de câncer e os resultados, segundo os pesquisadores, são muito encorajadores. "Este trabalho é um dos primeiros estudos em seres humanos para apoiar a ideia emergente de alterar o metabolismo dos tumores rumo a um novo tratamento do câncer", disse Michelakis.

DCA é uma droga barata que contém ácido dicloroacético, uma pequena molécula simples, que se assemelha ao vinagre. É usado principalmente no tratamento de crianças com uma desordem metabólica rara.

Em 2007, Michelakis e sua equipe publicaram evidências de que DCA inverte o crescimento do câncer em modelos não-humanos, alterando o metabolismo da doença. A droga engana as células cancerosas em produção de energia normal, alterando a forma como lidar com os combustíveis de nutrientes. Isso leva as células cancerosas ao "suicídio", sem prejudicar as células saudáveis.

Muitas vezes, a investigação que é promissora em modelos não-humanos não funciona fora do laboratório. No entanto, os pesquisadores da Universidade de Alberta relataram sucesso na fase de teste do composto DCA em humanos.

Depois de extrair glioblastomas de 49 pacientes, durante um período de dois anos, e estudá-los poucos minutos após a remoção no centro cirúrgico, a equipe constatou que os tumores responderam a DCA, alterando o seu metabolismo.

Os cientistas então trataram cinco pacientes com giloblastoma avançado e obtiveram tecidos do tumor antes e depois da terapia DCA. Depois de comparar as duas amostras, confirmaram que o DCA trabalhou da mesma maneira como havia sido previsto em suas experiências anteriores em tubo de ensaio.

O atributo exclusivo do DCA é que ele altera o metabolismo das células-tronco do glioblastoma, tidas como sendo responsáveis pela recorrência da doença.

DCA é consumido por via oral. Misturado com água, é facilmente absorvido e, portanto, pode atingir todas as partes do corpo. Os resultados mostraram que a droga levou três meses para alcançar os níveis sanguíneos elevados, o suficiente para alterar o metabolismo do tumor. No estudo de 18 meses, alguns tumores dos cinco pacientes ou regrediram de tamanho ou não cresceram mais.

Os pesquisadores afirmaram que não houve efeitos adversos significativos. Níveis mais elevados da droga causaram algum mau funcionamento dos nervos, como o entorpecimento dos dedos das mãos e dos pés.

A equipe de investigação médica também descobriu que a terapia com DCA foi mais eficaz quando combinada com a quimioterapia.

Fonte: Isaude.net

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