"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ORTOTANÁSIA


Planos de saúde podem suspender tratamento de doentes terminais

Para reduzir reajustes nos valores dos planos, hoje acima da inflação, a ABMG estuda alternativas como a ortotanásia

Para reduzir os reajustes nos valores dos planos de saúde que, atualmente, estão acima da inflação, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo declarou-se a favor da suspensão do tratamento para doentes terminais.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo, Arlindo de Almeida, os debates sobre o tema precisam ser mais amplos. Ele acrescentou que não teme ideias polêmicas para a redução de custos, como a cobrança de franquias, usadas em seguro de carros, e a suspensão de tratamento para doentes terminais ou sem chance de cura, a chamada ortotanásia.

"Nós temos que fazer uma racionalização dos custos da na área de saúde. A ortotanasia é possível, quer dizer, você não aplicar métodos que não melhorem, que não deem qualidade de vida. Enfim, é uma discussão filosófica e econômica associada", ressaltou Almeida.

Paralelamente, órgãos de defesa do consumidor realizaram simulações e constataram que, no futuro, pode se tornar impossível o pagamento de planos de saúde, se os preços continuarem subindo como nos últimos dez anos.

Um consumidor de 30 anos que ganha R$3.000 paga hoje R$ 180,74 por um plano, e compromete 6% da renda. Se a inflação e os reajustes atuais forem mantidos, em 30 anos ele gastaria quase R$ 6.100 com o plano e comprometeria 54% da renda.

De acordo com a advogada do Idec, Daniela Trettel, "os planos de saúde estão subindo muito acima da inflação. Será impossível o consumidor manter o seu nível de vida e pagar o plano".

Procon e Idec participam das discussões que a Agência Nacional de Saúde (ANS) está fazendo para mudar os cálculos de reajuste, mas temem o futuro. "É um consenso que o método de reajuste tem que mudar, mas ainda falta muita transparência na forma como mudanças vêm sendo conduzidas", afirma o diretor do Procon/SP, Roberto Pfeiffer.

Fonte: Isaude.net

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