Na participação no debate UOL/Folha de São Paulo nesta quarta-feira, a candidata da Coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, defendeu o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e os investimentos em infraestrutura, que estavam paralisadas no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Casa própria
A candidata ressaltou a importância do programa Minha Casa, Minha Vida, para reduzir o déficit habitacional. Segundo ela, o programa, que já financiou a construção de 590 mil imóveis, deve atingir, até o fim do ano, a meta de 1 milhão.
Na segunda edição do Minha Casa, Minha Vida, a meta foi ampliada para 2 milhões de casas com aquecimento solar instalado e obras de saneamento básico. Dilma reforçou ainda a importância do que chamou de “equipamentos sociais”, como praças esportivas, centros culturais e unidades de pronto-atendimento de saúde para garantir qualidade de vida aos moradores de uma comunidade.
“Mas eu acho que a gente sempre tem de avançar no que se refere às boas práticas. Já está pronto o Minha Casa, Minha Vida dois. E o interessante é que ele prevê uma instalação ambientalmente muito correta, que é o uso do aquecedor solar. Outra questão importante é que financiaremos a implantação de todos os equipamentos de saneamento básico, água e esgoto.”
Educação
Dilma lembrou ainda que o DEM, antigo PFL, entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Prouni e perguntou ao candidato da oposição sobre o que ele dirá aos 704 mil alunos matriculados na universidade pelo programa caso a sigla aliada consiga derrubar a iniciativa na Justiça. Serra não respondeu.
Internet nas escolas públicas
Dilma defendeu o Programa Nacional de Banda Larga nas Escolas, que já permitiu a implantação da internet em 71,3% das escolas urbanas, beneficiando alunos do ensino fundamental e médio. Segundo ela, a conexão das escolas com a internet dá instrumento para o professor e o Ministério da Educação (MEC) melhorar de forma expressiva a qualidade da educação.
“Não é uma ligação da internet com a escola na área administrativa apenas, mas dos laboratórios de informática com capacidade de um mega [1MB], podendo chegar a dois megas. Já são 44.218 escolas com esses laboratórios ligados à rede de internet.”
Reforma tributária
Em resposta ao adversário José Serra (PSDB) sobre reforma tributária, a candidata Dilma Rousseff explicou que o governo Lula adotou uma “prática sistemática” de diminuição de impostos, sobretudo, durante a crise econômica, quando reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos automóveis, produtos da linha branca e da indústria da construção civil.
Segundo Dilma, o sistema de substituição tributária, adotado pelo governo de São Paulo durante a gestão de Serra, teve impacto apenas sobre a arrecadação e prejudicou as empresas para aumentar o peso dos impostos.
“Fizemos todo um esforço de redução tributária para manter a economia funcionando, para não deixar que houvesse uma queda terrível do emprego. Você teve uma avaliação errada da crise. Você supôs que seria mais profunda do que foi. Seria, se nós tivéssemos utilizado os padrões vigentes no governo anterior, do Fernando Henrique Cardoso. Quando vinha a crise e a desvalorização do Real, o país que tinha a dívida indexada ao dólar quebrava.”
Saneamento
Também em resposta ao adversário do PSDB, Dilma afirmou que o governo Lula ampliou os investimentos em saneamento básico em parceria com as prefeituras de todos os estados. Na Rio de Janeiro, segundo ela, o governo já investiu R$ 40 bilhões em obras de urbanização e saneamento. No governo Fernando Henrique Cardoso, por ano, eram investidos R$ 300 milhões.
“Naquela época, havia a chamada fila burra [da liberação de investimento no Tesouro Nacional]. Se o primeiro da fila [uma prefeitura ou um governo estadual] não apresentasse o projeto, o segundo também não levava o investimento. Discutir saneamento é algo que você não deveria tentar, porque vocês não fizeram nada no Brasil neste período.”
Reforma política
A candidata defendeu hoje, no início do debate, a realização de uma Reforma Política no país. Ao responder uma pergunta da candidata Marina Silva (PV), Dilma disse que a mudança pode ser feita por meio da convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva.
“Seria importante discussão de reforma política para melhorar a democracia e governabilidade. E aí uma forma é a Constituinte exclusiva. Porque teria pessoas eleitas com interesse específico na matéria. Mas não fecho questão somente nesse caminho. Temos que estar abertos à necessidade do debate disso”.
Fonte:Dilmanaweb.com
ELBA RAMALHO DE SERRA TAMBÉM É DE MENTIRA
Elba disse que sequer foi consultada sobre veiculação da música
Pegaram Serra na mentira mais uma vez. A cantora Elba Ramalho divulgou nota para afirmar que não é ela que canta a versão de “Bate Coração”, canção que ficou famosa com sua voz, no programa eleitoral do candidato tucano. A cantora paraibana disse que sequer foi consultada sobre a veiculação da música.
A declaração de Elba Ramalho é surpreendente, já que qualquer brasileiro identificaria na versão adaptada à campanha de Serra a sua voz. Sem uma manifestação oficial como a que fez através de seu site, jamais se saberia que não era ela que estava cantando.
Assim como muita gente, até do mesmo partido de Serra, Elba Ramalho preferiu se desvencilhar do candidato tucano. Em sua nota, Elba Ramalho diz que apoiou Serra em sua candidatura à Presidência, em 2002, mas que prefere não se pronunciar sobre a disputa este ano.
Depois da favela cenográfica, da tentativa de se mostrar como a continuidade de Lula e de usar um personagem fictício cuja voz se assemelhava à do presidente, Serra usou também uma falsa Elba Ramalho para iludir o eleitor desatento. Até o fim da campanha, quantas mentiras mais ainda serão descobertas?
Postado por Brizola Neto
O desdobramento das pesquisas eleitorais
Posted: 18 Aug 2010 09:29 AM PDT
“A frente PSDB-DEM deve sofrer um duro golpe nas eleições deste ano, prevê João Francisco Meira, diretor presidente do Vox Populi. Vai sobrar Aécio Neves, em Minas, Kátia Abreu em Tocantins, talvez Roseane Sarney (embora no PMDB) no Maranhão. Cesar Maia corre o risco de não se eleger, assim como Agripino Maia e outros caciques. A nova geração de centro-direita, esperança de um revigoramento da oposição, será arrasada nas eleições. Levará no mínimo oito anos para se recompor a oposição, com todos os inconvenientes que trará para o aprimoramento democrático do país. O artigo é de Luis Nassif.Luis Nassif, Luis Nassif Online / Carta Maior
A grande tragédia política dessas eleições será o fim quase completo da frente PSDB-DEM, a única que poderia oferecer uma oposição consistente ao novo governo, que será empossado em 1º de janeiro de 2011. Não existe governo, por mais virtuoso, que resista a um mandato sem oposição. E este é o risco que o Brasil corre, com os erros cometidos pela oposição nas atuais eleições. A avaliação é de João Francisco Meira, diretor-presidente do Instituto Vox Populi.
Em meados do ano passado, a partir de conversas com Meira e de reflexões próprias, parlamentares do DEM – como o ex-deputado Saulo Queiroz – alertaram para as dificuldades que haveria em uma provável candidatura José Serra. Estava claro para eles a quase impossibilidade de vitória de Serra, por um conjunto de fatores.
O alerta de nada adiantou.
Em março, durante Congresso da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), Meira alertou mais uma vez que a eleição já estava decidida para Dilma Rousseff. Tanto o Vox Populi quanto o Instituto Sensus trabalhavam com modernas técnicas de pesquisa, visando antecipar tendências do eleitorado.
A metodologia era simples. Parte relevante do eleitorado não sabia ainda que Dilma era candidata de Lula. Mas certamente saberá no dia das eleições. A técnica consistia em antecipar aos pesquisados as informações. A partir daí, se chegaria a um resultado muito mais próximo do resultado final das urnas.
No encontro, houve um forte questionamento do Instituto Datafolha, para quem pesquisas não deveriam antecipar tendência.”
Artigo Completo, ::Aqui::
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