"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CIÊNCIA E SAÚDE


Ketamina, anestésico poderoso, também trata a depressão

France Presse

A ketamina, anestésico usado em crianças e animais, trataria a depressão de forma melhor e mais rápida que a maioria dos antidepressivos, revela um trabalho americano publicado esta quinta-feira.

Cientistas da Universidade de Yale (Connecticut, nordeste dos Estados Unidos), que administraram a camundongos uma pequena dose da substância, descobriram que ela reduzia claramente um comportamento depressivo e restabelecia as conexões entre células do cérebro danificadas por estresse crônico.

A ketamina "age como um medicamento milagroso, (em que) uma única dose tem efeitos que duram de sete a dez dias", contou Ronald Duman, professor de psiquiatria em Yale e principal autor do estudo, publicado na revista Science.

O estudo parece confirmar trabalhos anteriores, como um realizado há dez anos pelo Centro de Saúde Mental de Connecticut, no qual foram observados os efeitos benéficos de pequenas doses dessa molécula em pacientes muito depressivos.

Tradicionalmente, a ketamina é utilizado como anestésico para crianças porque não é um barbitúrico e afeta menos a respiração. Também é muito popular na medicina veterinária.

Em muitos países, é classificada como narcótico porque causa alucinações e distúrbios mentais e de motricidade.

Consumir folhas verdes reduz risco de diabetes, diz estudo

France Presse

Consumir mais vegetais verdes, como espinafre e outros vegetais folhosos, pode reduzir o risco de se desenvolver diabetes tipo 2, revelou um estudo publicado esta sexta-feira no British Medical Journal (BMJ). A pesquisa entra em um campo controverso e seus autores alertam que é preciso mais pesquisas para confirmar as descobertas. Uma equipe de cientistas chefiada por Patrice Carter, da Universidade de Leicester (centro da Inglaterra), revisou seis estudos feitos com 200 mil pessoas que exploraram o vínculo entre o consumo de frutas e vegetais e o diabetes tipo 2, normalmente ativada na idade adulta. Comer uma ou meia porção extra de vegetais verdes reduziria em 14% o risco de desenvolver diabetes, mas ingerir mais frutas e vegetais combinados demonstrou ter um impacto desprezível. O diabetes tipo 2, a forma mais comum da doença, se espalha rápido entre os países de economias em desenvolvimento, e seguem um estilo de vida sedentário. Mais de 220 milhões de pessoas de todo o mundo são afetadas pela doença, que mata mais de um milhão de pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). À medida que aumenta a taxa de obesidade, o número de mortes poderá dobrar ,
à medida que suas populações adotam uma dieta rica em gorduras e açúcar,
rar entre 2005 e 2020, acrescentou a OMS. A alimentação e a prática de exercícios são formas de prevenção conhecidas, mas quais alimentos funcionam melhor e porquê permanecem questões sem resposta, em face dos poucos estudos realizados sobre qualidade. A equipe de Carter sugere que os vegetais de folhas verdes são úteis porque são ricos em antioxidantes e magnésio. No entanto, é preciso realizar mais estudos para sustentar esta afirmação. Em um estudo separado, publicado na quarta-feira no British Journal of Pharmacology, cientista chineses informaram que um composto extraído de várias ervas chinesas ajudaram a reduzir o impacto do diabetes tipo 2 em camundongos. O composto, conhecido como emodina, inibe a enzima chamada 11-Beta-HSD1, que desempenha um papel na resistência à insulina, hormônio que ajuda a remover o excesso de açúcar do sangue. Segundo o artigo, a emodina pode ser extraída das ervas chinesas ruibarbo (Rheum palmatum) e fallopia japônica (Polygonum cuspidatum), entre outros. "Os cientistas precisariam desenvolver elementos químicos que têm efeitos similares aos da emodina, e estudam quais deles poderiam ser usados como medicamento terapêutico", disse Ying Leng, do Instituto de Matéria Médica de Xangai. O diabetes é controlado com injeções de insulina e a adoção de uma dieta de controle dos níveis de açúcar. Se não for controlada, a doença pode provocar problemas cardíacos, cegueira, amputações e falência renal.
Correio Braziliense

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