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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Saúde inclui mais nove procedimentos para tratamento de câncer no SUS

Pacote de medidas também prevê ampliação, em até 10 vezes, do valor pago por 66 procedimentos já realizados

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Foto: Antonio Cruz/ABr
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, participa de cerimônia de assinatura de portarias para o setor de oncologia
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O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, participa de cerimônia de assinatura de portarias para o setor de oncologia

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta quarta-feira (25) a liberação de R$ 412,7 milhões para serem investidos na reestruturação da assistência em oncologia - especialidade dedicada ao tratamento de câncer - no Sistema Único de Saúde (SUS). Serão incluídos nove novos procedimentos para o tratamento do câncer de fígado, mama, linfoma e leucemia aguda. O pacote de medidas também prevê ampliação, em até 10 vezes, do valor pago por 66 procedimentos já realizados.

" Esta é a maior mudança na atenção oncológica desde 1999, quando foi instituída a nova política para o setor. As alterações vão impactar de forma muito positiva na qualidade do atendimento dos 300 mil brasileiros que todos os anos acessam o Sistema Único de Saúde para o tratamento do câncer" , ressaltou o ministro, durante a assinatura das duas portarias que reestruturam o setor e permitem a liberação de recursos a estados, Distrito Federal e municípios. " Esses investimentos a mais projetam o gasto global do Ministério da Saúde para o tratamento dessa doença para R$ 2 bilhões" , afirmou.

Os recursos também permitirão a adequação das condições de internação para pacientes com leucemia e a ampliação do atendimento em hospitais-dia (modalidade assistencial em regime diário de internação), agilizando a atenção ao paciente. O aporte financeiro corresponde a um valor extra de 25% do total investido no tratamento do câncer no ano passado (que foi de R$ 1,6 bilhão). Esses recursos serão repassados anualmente. O câncer (somados os quase 100 tipos) é o segundo grupo de doenças que mais matam no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares.

A aprovação dos novos valores vai permitir que esquemas quimioterápicos recentes, que adotam novos medicamentos, possam ser adquiridos e fornecidos pelos hospitais habilitados no SUS para tratar o câncer. " Estas mudanças permitem remunerar melhor os procedimentos, e também que novas técnicas e novas tecnologias sejam colocadas à disposição dos pacientes" , observou o ministro. " Permitem, por exemplo, a utilização no SUS de novas drogas, como o Rituximabe (nome comercial Mabthera), medicamento indicado para linfoma" .

O Rituximabe, após negociação do Ministério da Saúde com o laboratório produtor, teve o seu valor reduzido drasticamente em casos de aquisição por serviços públicos. Em junho deste ano, o ministério também havia firmado um acordo com o fabricante de outro medicamento usado no tratamento do câncer, o Glivec, o que possibilitará a economia de R$ 400 milhões, em dois anos e meio, para os cofres públicos.

O Ministério da Saúde também está colocando em consulta pública cinco diretrizes diagnósticas e terapêuticas para o tratamento de câncer no intestino, pulmão e fígado, além do linfoma difuso de grandes células e do tumor cerebral. As modalidades terapêuticas já estão vigentes, mas ficarão em consulta pública por 40 dias, permitindo que a comunidade científica apresente propostas e sugestões a elas.

Fonte: Isaude.net

Sais de zinco oferecem alívio rápido para o refluxo gástrico

Substância não provoca os efeitos colaterais que às vezes acompanham a classe de drogas geralmente usada para tratar a acidez

Foto: Divulgação/Tacchini
Gastrologista realiza exame de endoscopia em paciente para tratar de refluxo gástrico
Gastrologista realiza exame de endoscopia em paciente para tratar de refluxo gástrico

Em um estudo que poderia revolucionar a forma como milhões de pessoas são tratadas para doenças gástricas relacionadas à acidez, uma equipe liderada por pesquisadores da Yale School of Medicine, nos Estados Unidos, demonstrou que os sais de zinco oferecem supressão rápida e prolongada da secreção ácida gástrica. Além disso, eles não provocam os efeitos colaterais que às vezes acompanham a classe de drogas inibidoras da bomba de protões (IBP).

Até agora, estes inibidores, como o omeprazol e o lansoprazol, foram os tratamentos mais potentes na inibição da produção de ácido. Infelizmente, 74% de todos os pacientes em uso prolongado desses agentes têm sintomas recorrentes ou descobrem que eles ainda têm sinais de refluxo.

O estudo de Yale mostra que os sais de zinco podem oferecer ajuda em muito menos tempo - às vezes minutos, em comparação com 24 a 36 horas para o omeprazol - e sem recorrência dos sintomas ou os efeitos colaterais que podem incluir dores de cabeça, diarréia e tontura.

Os investigadores estavam estudando a interação dos transportadores de íons no processo de secreção ácida e ao fazerem isso, eles descobriram o mecanismo celular pelo qual a terapia do zinco pode funcionar, e como ela inibe a secreção de ácido potencialmente erradicando os sintomas.

Os cientistas testaram a terapia do zinco primeiro em ratos e isolaram as glândulas humanas, e depois em voluntários humanos saudáveis. Em ambos, a secreção de ácido foi significativa e rapidamente reduzida após a ingestão oral de zinco.

"Nosso estudo mostrou que, a nível celular, o zinco é um supressor direto de secreção de ácido gástrico", disse o autor John Geibel. "Isso abre uma nova via promissora de tratamento para pacientes que sofrem e, principalmente os que continuam a ter sintomas de doenças relacionadas à acidez, mesmo depois de uma dose padrão de IBP.

O zinco é um elemento importante para o crescimento celular. Mas a queda nos níveis, em pacientes recebendo terapia a longo prazo com IBP e uma diminuição do zinco a nível celular podem resultar em danos neuronais e problemas do aparelho digestivo. "Tomar zinco por via oral, não só parece funcionar por si mesmo, mas pode fornecer resultados melhores e mais duradouros, quando tomado em conjunto com o IBP", disse Geibel. "O zinco é um componente essencial da função das células, e pode ser por isso que ele produz menos efeitos colaterais que outras drogas usadas para inibir a acidez", concluiu o pesquisador, explicando porque o zinco pode ser melhor tolerado do que o IBP.

Fonte: Isaude.net


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