"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sábado, 25 de setembro de 2010

MAL DE ALZHEIMER/RIVASTIGMINA


Agência Brasil

RIO DE JANEIRO - Os brasileiros poderão contar, a partir do segundo semestre de 2011, com a distribuição gratuita do medicamento genérico Rivastigmina, que reduz o ritmo de evolução do mal de Alzheimer. O remédio será produzido pelo Instituto Vital Brasil (IVB), de Niterói (RJ), e estará disponível na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

O medicamento em cápsula está em fase de testes e, até abril do ano que vem, começará a ser produzido para o Ministério da Saúde, em uma parceria entre o IVB e a Laborvida, empresa que venceu a licitação pública. A gerente de Desenvolvimento de Produção de Medicamentos do IVB, Tereza Lowen, informou nesta sexta-feira, 24, que o remédio em solução oral terá um lote piloto em outubro deste ano.

Mas, somente após os testes de equivalência farmacêutica, o Rivastigmina estará apto a se credenciar para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Ele faz com que a evolução da doença fique mais lenta e melhora a parte cerebral, o desempenho do idoso nas questões de memória e de locomoção", disse a gerente do IVB.

O instituto será o único laboratório oficial a produzir esse medicamento para o governo federal. Atualmente, o Ministério da Saúde compra o remédio de uma empresa privada. Com a produção pelo IVB, haverá economia para o governo.

"A perspectiva de acesso mais barato à medicação é positiva para os pacientes", avalia a gerente. Um frasco de 120 ml do remédio custa hoje, nas farmácias e drogarias, mais de R$ 400 e contém poucas doses. Para o ministério, o frasco da solução oral sairá por R$ 202,39.

O preço do medicamento em caixas com 28 cápsulas varia, para o governo, de R$ 2,58 por cápsula de 1,5 mg até R$ 3,40 por cápsula de 6 mg. Segundo a especialista do IVB, são necessárias, em média, duas doses diárias por pessoa. “Normalmente, você começa o tratamento com uma dose baixa, de 1,5 mg, e vai aumentando gradativamente até chegar a 6 mg”, explica Tereza.

No Brasil, o mal de Alzheimer atinge cerca de 1,2 milhão de pessoas. A incidência é de 4% a 5% entre a população acima de 65 anos. “E, a partir dos 90 anos, [acomete] 50%”, afirma Tereza.

A doença é degenerativa, ainda sem cura, e age de maneira silenciosa. Caracteriza-se pela perturbação de várias funções cognitivas, como memória, atenção, aprendizado, orientação e linguagem. Os sintomas, em geral, são acompanhados por deterioração da parte emocional, da motivação e do comportamento social.



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