Não permitirei políticos com ficha suja no governo
A candidata à presidência Dilma Rousseff foi taxativa ao negar a participação de políticos ficha suja no seu governo. No debate da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dilma considerou um “avanço da democracia” a chamada Lei da Ficha Limpa, que impede candidatos já condenados por um colegiado de concorrer a um cargo público.
“Não permitirei no governo [a participação de políticos ficha suja]. Além disso, eu considero que esta questão é muito séria. É um avanço da democracia”, afirmou, lembrando que o projeto foi uma iniciativa da CNBB.
Segundo ela, a Polícia Federal foi fortalecida pelo governo Lula para atuar no desmantelamento de esquemas de corrupção e o Ministério Público Federal mostrou-se decisivo nas investigações.
“Não tivemos em nenhum momento um ‘engavetador-geral da República’, mas um procurador-geral da República, que investigou todos os processos solicitados. A corrupção é um mal que afeta várias instituições, não só o governo federal. E tem que ser combatida doa a quem doer, puna a quem punir”, disse Dilma.“Tenho 25 anos de vida pública. Jamais fui acusada de qualquer ato indevido.”
Programas sociais
Dilma defendeu os programas sociais do governo Lula que resgataram 28 milhões de pessoas da miséria. Segundo ela, o governo provou que distribuir renda e garantir ascensão social era “imprescindível” para o desenvolvimento econômico do Brasil. Um dos resultados foi a passagem de 36 milhões de pessoas para a classe média.
“Mostramos que essa era uma condição essencial para esse país se tornar soberano e independente. E isso possibilitou que, diante da crise, tivéssemos uma marolinha e não tsunami. O que segurou a crise foi o mercado interno. Não precisamos recorrer ao Fundo Monetário Internacional”, lembrou.
A candidata encerrou sua participação no debate com um reconhecimento ao que chamou de “trabalho admirável” feito pelas igrejas e reforçou a necessidade de uma parceria com o poder público. Para Dilma, o cristianismo marcou profundamente a humanidade com um preceito que a candidata considera fundamental: “amar aos outros como a si mesmo.”
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