Prefeituras vão criar mais de seis mil leitos para tratar usuários de drogas
A iniciativa faz parte do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, lançado em maio, pelo Governo FederalFoto: Divulgação/Cofen
Foram lançados, essa semana, os editais para que as prefeituras criem 6.120 leitos na rede pública de saúde para tratamento de usuários de crack e outras drogas. O pacote prevê a liberação de mais de R$ 140 milhões, provenientes do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. A iniciativa faz parte do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, lançado em maio, pelo Governo Federal e os municípios devem procurar o MS para a abertura dos leitos.
O chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica, ministro Jorge Armando Félix, explicou que, com a publicação dos editais no Diário Oficial da União, as prefeituras poderão iniciar os processos licitatórios para ofertar os leitos.
"Dentro do que está previsto nos editais, as prefeituras vão se habilitar para receber os recursos para contratar os leitos. Os recursos já estão disponíveis", informou Jorge Félix.
Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o governo federal arcará com o custo das internações. "Toda essa política pressupõe que o financiamento das internações nos novos leitos será feito pelo Ministério da Saúde e repassado aos municípios", garantiu Temporão após a cerimônia de anúncio, no Palácio do Planalto.
Do total de leitos, 2.500 serão oferecidos em hospitais gerais para tratamento de intoxicação aguda e abstinência e 2.500 em comunidades terapêuticas, que acolhem usuários sem quadro clínico complicado. A previsão é implantar mais 600 vagas nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps), que funcionam 24 horas. O restante, 520 leitos, será para abrigar, por até 40 dias, usuários que vivem nas ruas.
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