Pesquisadores identificam gene envolvido no desenvolvimento do câncer de fígado
Descoberta pode levar a terapia eficaz para inibir a expressão do gene LSF e resultar na inibição do crescimento do câncer
Uma equipe de pesquisa da Virginia Commonwealth University identificou um novo gene de promoção de tumores que pode desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do câncer de fígado. Níveis de expressão desse gene são significativamente mais elevados em mais de 90 % dos pacientes com a doença em comparação com aqueles saudáveis.
Os pesquisadores acreditam que a descoberta poderia levar a uma terapia eficaz para orientar e inibir a expressão deste gene e resultar na inibição do crescimento do câncer.
Na pesquisa, os investigadores empregaram uma série de estudos moleculares para identificar o novo oncogene chamado LSF, e observaram que os níveis de LSF são significativamente maiores em pacientes com carcinoma hepatocelular (HCC) em comparação com indivíduos saudáveis.
A equipe também descobriu que LSF tem um papel importante no desenvolvimento e progressão do HCC, e que a inibição do gene pode reverter as propriedades agressivas de células cancerosas do fígado. Eles identificaram ainda o mecanismo molecular pelo qual LSF promove o crescimento de tumores.
"Os pesquisadores vêm estudando o papel da LSF há mais de 25 anos em campos fora do câncer, nosso trabalho é a primeira demonstração de que LSF tem um papel importante no HCC," disse o investigador principal, Devanand Sarkar. "Já que LSF aparece em níveis elevados em pacientes com câncer, ele poderia ser um alvo potencial para a intervenção terapêutica".
Segundo Sarkar, LSF é um fator de transcrição, o que significa que ele pode diretamente regular a expressão de genes. A equipe identificou genes específicos, tais como osteopontina, que são diretamente induzidos pelo LSF.
"Osteopontin tem um papel chave na regulação do desenvolvimento e da progressão tumoral e a identificação de um regulador mestre desse gene, como o LSF, é uma descoberta muito importante", acrescentou o pesquisador.
"A análise do nível de LSF em material de biópsia pode um dia ser usado como um marcador de prognóstico para o HCC. Os médicos podem ser capazes de conceber estratégias de tratamento com base nessa análise de um paciente. Novas estratégias combinatórias podem ser desenvolvidas incorporando a inibição desse gene", concluiu Sarkar.
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