"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sábado, 9 de outubro de 2010

Aliança de Dilma pede mobilização para vencer “a voz do atraso, da calúnia, do preconceito, da mentira e dos privilégios”

Posted: 08 Oct 2010 11:27 PM PDT

Brasília Confidencial

“O PT e seus aliados pela eleição de Dilma Rousseff divulgaram ontem um manifesto em que conclamam “todos os homens e mulheres” à mobilização, para que se faça ouvir mais fortemente “a voz da mudança” do que “a voz do atraso, da calúnia, do preconceito, da mentira, dos privilégios”.

O documento considera “mergulhada em contradições” a candidatura da oposição ao Governo Lula liderada por José Serra (PSDB).

“Tenta atrair os verdes, mas não pode tirar o velho e conservador DEM de seu palanque. Denuncia aparelhismos, mas já está barganhando cargos em um possível ministério. Proclama-se democrata, mas persegue jornalistas e censura pesquisas. Seus partidários tentam sair dessa situação por meio de uma série de manobras que buscam confundir o debate político nacional. Espalham mentiras e acusações infundadas”.

O manifesto condena a exploração eleitoreira da religiosidade popular.

“Queremos um Brasil unido em sua diversidade política, étnica, cultural e religiosa. Por essa razão repudiamos aqueles que querem explorar cinicamente a religiosidade do povo brasileiro para fins eleitorais. Isso é um desrespeito às distintas confissões religiosas. Tentar introduzir o ódio entre as comunidades religiosas é um crime. Viola as melhores tradições de tolerância do povo brasileiro, que são admiradas em todo o mundo. O Brasil republicano é um Estado laico que respeita todas as convicções religiosas. Não permitiremos que nos tentem dividir”.

A maior parte do documento produzido pela campanha de Dilma é dedicada a contrapor, aos governos tucanos comandados por Fernando Henrique Cardoso, as realizações do Governo Lula e às conquistas sociais e econômicas que os brasileiros obtiveram nos últimos oito anos.

Petistas e aliados destacam que “o que está em jogo é o confronto entre dois projetos”. Um desses projetos, afirmam, é o do “Brasil do passado, da paralisia econômica, do gigantesco endividamento interno, mas também da dívida externa e da submissão ao FMI. O Brasil que quase foi à falência nas crises mundiais de 95, 97 e 98. O Brasil de uma carga tributária que saltou de 27% para 35% do PIB. O Brasil dos apagões, e do sucateamento da infraestrutura. O Brasil da privataria, que torrou nossas empresas públicas por 100 bilhões de dólares e conseguiu a proeza de dobrar nossa dívida pública. E já estão anunciando novas privatizações, dentre elas a do Pré Sal”.
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Eleição, aborto e a infantilização da religião

Posted: 08 Oct 2010 10:26 PM PDT

Jung Mo Sung, Adital

“Por que bispos, padres e grupo religiosos que sempre defenderam a separação radical entre a religião e política, que sempre criticaram a discussão política no âmbito da Igreja ou até mesmo a relação "fé e política", estão fazendo, até mesmo nas missas, campanha aberta contra Dilma?

Uma primeira resposta poderia ser: hipocrisia. Respostas moralistas podem satisfazer o "juiz moralista" que todos nós carregamos no mais profundo do nosso ser, mas não são boas para nos ajudar a entender o que está acontecendo.

Esta campanha contra a candidatura da Dilma, e com isso o apoio explícito ou implícito à candidatura do Serra, está sendo feita de várias formas, mas com um elemento comum: os católicos e os "crentes" não devem votar nela porque ela seria a favor do aborto e, por isso, contra a vida. Alguns agregam também a acusação de que, se ela for eleita, as TVs católicas e evangélicas seriam proibidas de veicular os programas religiosos ou obrigadas a diminuir o seu tempo de duração. É a velha acusação de que "comunistas" são contra a religião.

Essas duas acusações são expressas e justificadas através de lógicas religiosas, e não a partir da "racionalidade leiga" que deve caracterizar a discussão sobre a política hoje. Esses grupos não admitem a distinção entre a religião e a política, ou melhor, não admitem a "autonomia relativa" do campo político e de outros campos -como o econômico- que se emanciparam da esfera religiosa no mundo moderno. Por isso, eram e são contra "fé e política" ou o debate sobre a política no campo religioso, pois esses debates são feitos normalmente a partir do princípio da autonomia relativa da política. Isto é, a discussão sobre questões políticas são feitas com argumentos de racionalidade sócio-política e não submetidos ao discurso meramente religioso.

Para esses grupos (é preciso reconhecer que ocorre também em outros grupos político-religiosos), os valores religiosos (do seu grupo) devem ser aplicados diretamente a todos os campos da vida pessoal e social. E, em casos graves como aborto, ser impostos sobre toda a sociedade através das leis do Estado. Nesses casos, não seria misturar a religião com a política, mas seria a "defesa" dos mandamentos e valores religiosos; ou colocar a política a serviço dos valores religiosos (nessa discussão apresentados como "a serviço da vida"). Pois, nada estaria acima dos "mandamentos de Deus". Desta forma não se reconhece a autonomia relativa do campo político, a dificuldade de se passar do princípio ético abstrato (do tipo "defenda a vida") para as políticas sociais concretas, e muito menos se aceita a pluralidade de religiões com valores diversos e propostas de ação divergentes e conflitantes.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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