Acandidata Dilma Rousseff realizou o último ato público da disputa eleitoral em Belo Horizonte, cidade onde nasceu e iniciou a vida política nas manifestações contra a ditadura militar. Às margens da Lagoa da Pampulha, Dilma lembrou hoje do envolvimento com a luta pela democracia no país quando ainda estudava no Colégio Estadual Central.
“Belo Horizonte, para mim, é um local que eu sempre tenho como referência quando se trata do início da minha vida política. Por isso, acho simbólico que neste final de campanha eleitoral eu retorne aqui e faça o encerramento da minha campanha neste lugar onde a minha vida política começou”, afirmou Dilma.
Se eleita, a candidata disse que fará um governo de união, mantendo com governadores e prefeitos a relação republicana que marca o governo Lula.
“A um dia da eleição, eu quero dizer que, se for eleita, quero unir o Brasil em torno de um projeto de desenvolvimento não só material, mas de valores. Eu acredito que o nosso país vai se transformar cada vez mais num exemplo de convivência, tolerância e capacidade de viver em paz. Quando a gente ganha uma eleição, a gente tem de governar para todos os brasileiros sem exceção”, defendeu.
Embora tenha lamentado os momentos em que a campanha resvalou para o campo dos ataques e das calúnias, Dilma disse que não guarda mágoa alguma do processo eleitoral. “Foi uma campanha muitas vezes dura, mas eu não guardo mágoa. Quando a gente guarda mágoa carrega um peso na alma e não tem aquela generosidade necessária para viver. Estou com a alma leve.”
Lula
Dilma revelou a emoção de representar o projeto iniciado pelo governo Lula que despertou o Brasil “para sua grandeza” e prometeu continuar o processo de transformação social do país. Sobre a participação do presidente Lula no seu governo, a candidata citou a relação construída em oito anos de governo. Destacou ainda a confiança que deposita no presidente, sua capacidade política e sua sensibilidade.
“O presidente Lula, obviamente, não será uma presença dentro no ministério. Mas eu sempre conversarei com o presidente e terei com ele uma relação muito íntima e muito forte. Não há ninguém nesse país que vai me separar do presidente Lula”, afirmou.
Depois da entrevista coletiva, Dilma seguiu para uma carreata que mobilizou o bairro de Venda Nova. À vontade, a candidata percorreu a principal avenida distribuindo beijos aos moradores que saíram a rua para vê-la. Os mais animados fizeram o percurso a pé ao lado do carro de Dilma.
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