"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

quarta-feira, 7 de abril de 2010

06.04.2010

Tomografia pode identificar fumantes com maior risco de enfisema

Pessoas com sinais muito sutis de enfisema, mas ainda com função pulmonar normal, têm padrões diferentes de fluxo de sangue


Pesquisa da Universidade de Iowa descobriu que usar tomografia computadorizada para medir o fluxo sanguíneo nos pulmões de pessoas que fumam pode ser uma maneira de identificar quais os fumantes têm maior risco de enfisema antes que os danos da doença destruam as áreas dos pulmões.

O estudo descobriu que fumantes que têm sinais muito sutis de enfisema, mas ainda tem função pulmonar normal, têm padrões muito diferentes de fluxo de sangue nos pulmões em comparação aos não-fumantes e aos fumantes, sem sinais de enfisema.

Esta diferença poderia ser usada para identificar os fumantes que apresentam risco aumentado de enfisema e permitir uma intervenção precoce.

"Nós desenvolvemos uma nova ferramenta para detectar precocemente as alterações relacionadas com o enfisema, que ocorrem em fumantes suscetíveis à doença", disse o principal autor do estudo, Eric Hoffman. "Nossa descoberta também pode ajudar os pesquisadores a entender as causas subjacentes da doença e ajudar a distinguir este tipo de enfisema de outras formas de doença pulmonar obstrutiva crônica" .

A equipe usou a tomografia computadorizada multi-detectora de linhas para medir os padrões de fluxo de sangue nos pulmões de 41 participantes do estudo - 17 não-fumantes e 24 fumantes. Todos os participantes tinham a função pulmonar normal, mas 12 dos fumantes tinham sinais muito sutis de enfisema. A tomografia computadorizada mostrou que estes 12 indivíduos tinham padrões mais perturbados do fluxo sanguíneo em relação aos outros participantes.

Os resultados também apóiam a ideia de que o fluxo sanguíneo anormal se desenvolve antes do enfisema.

"Embora as causas do enfisema não sejam bem compreendidas, o tabagismo aumenta o risco de desenvolver a doença. Nosso estudo sugere que alguns fumantes têm uma resposta anormal a uma inflamação em seus pulmões, em vez de mandar mais sangue para as áreas inflamadas para ajudar a reparar o dano, o fluxo sanguíneo é desligado e as áreas inflamadas deterioram-se", explicou Hoffman.

A via celular que desliga o fluxo sanguíneo é útil quando uma área do pulmão torna-se permanentemente bloqueada e não pode ser resgatada. Nesse caso, o pulmão aperfeiçoa as trocas gasosas e para de abastecer a área com sangue. No entanto, a inflamação dos pulmões causada pelo tabagismo pode ser resolvida e os danos resultantes reparados pelo aumento do fluxo sanguíneo, que traz oxigênio e componentes celulares úteis para o local da lesão.Podcast


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