"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

segunda-feira, 5 de março de 2012

CARTÃO SUS METROPOLITANO CUSTARÁ R$15 MILHÕES

A implantação do Cartão SUS Metropolitano, previsto para ocorrer este ano na Região Metropolitana de Campinas  (RMC), com a proposta de dar maior eficiência nos serviços de saúde, vai exigir investimentos de R$ 14,98 milhões e os prefeitos da RMC querem que Campinas banque parte desse investimento, porque a cidade deve R$ 2,55 milhões ao Fundo de Desenvolvimento da RMC (Fundocamp). Seria uma forma de se redimir do calote que vem desde 2007, quando o fundo começou a ser operado. 

Uma outra parte da verba, de R$ 3,5 milhões, aprovada ontem pelos prefeitos, virá do Fundocamp e será utilizada na aquisição de equipamentos pelos municípios, sendo R$ 10 mil para cada unidade de saúde. Como a verba não é suficiente para atender todos, quem apresentar primeiro os projetos, levará o dinheiro. 

O conselho de prefeitos vai negociar com a Informática dos Municípios Associados (IMA), empresa de economia mista, para que assuma a hospedagem do sistema, assumindo o custo, uma vez que Campinas está inadimplente com a RMC. O presidente do conselho, Hamilton Bernardes Jr. (PSB), disse que já conversou com Demétrio e que ele está sensível ao problema. “Estamos negociando o parcelamento da dívida e a IMA está tentando conseguir R$ 4 milhões do governo federal para cuidar da conectividade do sistema”, afirmou. Bernardes Jr. informou que Demétrio se comprometeu de, na próxima reunião do conselho, em novembro, apresentar proposta de pagamento da dívida. 

Os cartões serão fornecidos pelo Ministério da Saúde, os computadores adquiridos pelos prefeitos, agestão regional será do Estado e a hospedagem da IMA, onde estarão conectadas mais de 200 unidades de saúde da região. Demétrio não foi localizado. Segundo sua assessoria, ele participa, em Foz do Iguaçu, de encontro de prefeitos. 

A RMC será, entre as regiões metropolitanas, pioneira no uso do cartão. É um documento pessoal que identifica o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele contêm informações pessoais e dados sobre procedimentos clínicos que já foram realizados, identifica quem faz uso de medicamentos, principalmente de alto custo. Com um cadastro único, a unidade de saúde terá acesso a todas as informações médicas dos pacientes, como prontuários e procedimentos já realizados. 

Conforme a pesquisadora do Núcleo de Políticas Públicas (Nepp) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Carmem Lavras, o cartão permitirá maior eficiência na realização das ações de natureza individual e coletiva dos serviços de saúde. 
O cadastramento dos pacientes existentes nas prefeituras serão migrados para um banco de dados único para diagnóstico, planejamento e programação das ações de saúde. 

De acordo com o prefeito de Monte Mor, Rodrigo Maia (PSDB), serão investidos R$ 3,5 milhões para aquisição de equipamentos, mais 2,4 milhões para treinamento e assistência na implantação do sistema, R$ 3,44 milhões na emissão dos cartões, além de R$ 152,06 mil para hospedagem, suporte e manutenção do sistema. Ainda será preciso R$ 2,51 milhões para manutenção por 24 meses, além de R$ 355,2 mil de custo de conectividade e R$ 1,62 milhão para a estrutura de gestão regional do sistema por 24 meses
FONTE: RMC.COM.BR


COMENTÁRIO
Repiquei esta matéria na íntegra para ilustrar o tema . Há muitos defensores da idéia do Cartão,à frente as grandes empresas do ramo de tecnologias de informação e computadores, que confere ao que chamo de "tapete mágico" características   miraculosas . Uma espécie de pedra filosofal ,uma panacéia,que resolveria todas as mazelas da Saúde Pública. O que não entendemos  e gostaríamos de achar respostas, é o que justifica desejar confeccionar 200 milhões de cartões com tarjetas ou chips, no momento em que estamos fazendo cortes estratosféricos no Orçamento da Saúde?


Não deu certo com Temporão- acumularam-se contas e prejuízos da ordem de R$590 milhões, por que devemos acreditar que dará certo com Padilha?


Porque não investir em Hospitais de Especialidades , menores e mais fáceis de dirigir ou em UPA's que reduzirão a superlotação nos grandes hospitais?  ou AME's?
Por que os investimentos em UPA's estão paralisados? Não consigo ver mais a placa que informava a construção da UPA -Mangabeira. E a UPA associada ao Hospital Clériston Andrade?
Vejo ,com clareza e facilidade ,os setores de Alta Complexidade, que envolvem preços elevados e tecnologia de ponta, estimulados e em crescimento. O privatismo é estimulado e o setor público vive a administrar crises ,constantemente. Por que não implementar  e priorizar a Carteira de Identidade com modernos chips,inclusive com informações sobre a saúde do seu titular e portador?
Ficam as interrogações. Ainda temos liberdade para suscitá-las!
Deus seja louvado!
Oldecir Marques

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