Caminhada reafirma luta pela defesa dos direitos da mulher na cidade
Pensando em fortalecer a bandeira da luta por uma maior inserção da mulher na sociedade e pela implementação de políticas públicas que ampliem e assegurem a igualdade e a equidade de gêneros, o Coletivo de Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT) Feira de Santana realizou, neste sábado, 14, a primeira Caminhada Março Mulher. Mais de 1500 pessoas saíram às ruas e percorreram o centro da cidade para comemorar os 80 Anos da Conquista do Voto Feminino e para denunciar as situações de discriminação e violência que as mulheres ainda hoje enfrentam.
Participaram da atividade representantes de diversos movimentos sociais, a exemplo do Movimento dos Sem Terra, que levou cerca de 200 mulheres oriundas de assentamentos e acampamentos situados em Feira.
De acordo com o deputado Zé Neto, há uma urgente necessidade de se inserir a Caminhada no calendário anual da cidade. Ele ressaltou que o PT vem lutando incansavelmente pela instituição de políticas públicas que garantam não apenas os direitos das mulheres, mas também de todas as minorias que sofrem com o preconceito e com a exclusão.
“Hoje é um dia histórico. É um dia de festa, mas também de reflexão sobre a condição social da mulher na contemporaneidade. Há 32 anos o PT vem lutando pela causa das mulheres e de todas as minorias a fim de construir uma sociedade mais justa e mais igualitária”, lembrou.
Para a Secretária Lucinha Barbosa, a maior conquista histórica da mulher foi o direito de votar e ser votada. De acordo com ela, é preciso ampliar ainda mais a participação das mulheres nos espaços políticos. Ela ressaltou também que a eleição da presidenta do país Dilma Rousseff caracteriza uma grande evolução social em prol da igualdade de direitos, mas salientou que ainda há muito a ser feito, principalmente em relação à inserção feminina no mercado de trabalho, inclusive em bolsões essencialmente dominados pelos homens, como a indústria.
“As mulheres conquistaram muito até aqui. Mas estamos trabalhando ainda mais por uma maior pela inclusão política e produtiva das mulheres. O governo vem elaborando projetos, oferecendo capacitação e promovendo campanhas de conscientização e combate à violência doméstica. Hoje, a Bahia é um dos estados que mais discam o 180 para denunciar casos de agressão física e violência psicológica”, informou, ao tempo em que condecorou o deputado Zé Neto com o Laço Branco, símbolo da luta contra a violência feminina no Canadá, pelo seu trabalho junto ao governo do estado em prol de políticas públicas em favor das mulheres.
Membro do Movimento Unificado Negro e do Movimento de Organização de Mulheres em Defesa da Cidadania, Ivanide Santa Bárbara lembrou que a cada 15 segundos uma mulher é violentada no Brasil. Para ela, os índices alarmantes servem de alerta e mostram a necessidade de políticas mais efetivas de combate à violência.
“A Delegacia da Mulher, a instituição da Lei Maria da Penha, as Varas de Defesa, as Casas-abrigo e os Centros de Referência que apóiam as mulheres em situação de risco contribuem para que tenhamos um amparo institucional quando vítimas de violência, mas ainda há muito a ser feito. É necessário impedir a propagação da violência de gênero, assim como é necessário melhorar seu acesso ao trabalho e assegurar a igualdade de direitos trabalhistas, já que ainda hoje no Brasil existem mulheres que ganham 70% do salário dos homens”, destacou.
Elis Souza dos Santos, membro do Coletivo de Mulheres e da comissão organizadora da Caminhada, enfatizou que Feira de Santana ainda é carente de creches públicas, necessárias para conciliação entre o trabalho da mulher e sua rotina doméstica, e de hospitais direcionados ao atendimento às mulheres que supram a grande demanda da cidade, oferecendo serviços de maior qualidade e atendimento mais humanitário.
“Iniciativa feliz a do Partido dos Trabalhadores em promover essa Caminhada. O evento é de suma importância para fomentar discussões e pensar linhas de ação voltadas para a melhoria da condição social das mulheres no Brasil”, ressalvou.
Histórico - Nova Iorque, 08 de março de 1857. A história da luta pelos direitos trabalhistas das mulheres é marcada por uma tragédia. Cento e trinta tecelãs, em greve pela reivindicação de melhores condições de trabalho e salários dignos, são trancadas e queimadas dentro de uma fábrica de tecidos. Símbolo da resistência feminina, o episódio marca, na contemporaneidade, uma reflexão acerca do papel e espaço da mulher na sociedade.
FONTE:ASSESSORIA DO PARLAMENTAR
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