Um dos maiores pontos de estrangulamento de todos os governos e Estados do mundo moderno, e que deverá perdurar por muito tempo, caso não se formule estratégias de prevenção e combate do mesmo, é a corrupção de atores dos próprios governos e Estados. Consomem-se quantidades de divisas com essa doença do mundo político que beira ao absurdo, principalmente quando se considera que existem mazelas e desordens sociais que precisam ser combatidas com boas idéias, que carecem naturalmente de recursos. Parece que quanto mais aumenta a fome no mundo, bem como a drogadição e a violência, a corrupção ganha corpo de monstro.
A disputa pelo poder para corromper e surrupiar os cofres públicos é tão grande, que ninguém, absolutamente quase ninguém, tem a preocupação de mudar as regras do jogo político, bem como as formas e métodos de governar. Uma das fontes principais para o crescimento da corrupção está na metodologia governamental de substituir nas administrações dos postos de governo e seus tentáculos de ação, a gestão técnica das Políticas Públicas por gestões meramente baseada no caráter político.
Dividir o poder entre partidos políticos sem programas, e até mesmo entre lideranças sem escrúpulos, tem sido um grande mal em todos os governos e Estados do mundo. Pois já está mais que provado que são poucos os políticos que têm capacidade técnica para administrar postos de governo. É a tal governabilidade! Poder, riqueza e prestígio têm sido ao longo dos tempos mais importante do que resolver de fato os problemas do povo.
Não que tenhamos que ser contra a gestão política, porque isso seria hipocrisia. Mas está comprovado que governos e Estados que priorizam em seus quadros técnicos em cada área de atuação, especialistas, a corrupção é menor, bem como os problemas sociais são infinitamente inferiores. Isso porque o dinheiro público está mais em função de programas governamentais sérios para resolver as mazelas e desordens sociais, do que em função de partidos políticos sem projetos e corporações de bandidos viciados em cofres públicos.
Os governos que têm a preocupação de formar tecnicamente suas estruturas de poder são poucos no mundo moderno, porque são poucos os partidos políticos sérios, como também são poucos os políticos que pautam suas ações na ética e na honestidade.
Quando a política promove seu divórcio da moral, ela é tão pequena quanto um grão de areia, apesar de ser nua e cruel como ensinou um pouco o homem de Florença. Quando a gestão pública é dividida não em função do povo, mas em função de canalhas, ela deixa de ser pública e passa a ser de natureza privada. Para resolver isso é preciso defender de fato governos que além da capacidade política, tenham a capacidade técnica para gerenciar em função de todos, e ultrapasse alinha do individualismo exacerbado dos tomadores de uísque estrangeiro.
Governar pelo bem comum é saber gerenciar o próprio ato de governar!
AUTOR: GENALDO DE MELO
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