"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

domingo, 4 de março de 2012

O MUNDO ENCANTADO DA PROPAGANDA




ENTRE O MUNDO encantado da propaganda e o abismo dos fracassos, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tem um abacaxi de R$ 590 milhões sobre a mesa. Ele se chama Cartão Nacional de Saúde, ou cartão SUS. O ministro pode descascá-lo ou comê-lo inteiro, como preferir.

Pela propaganda do seu ministério, o cartão "é um instrumento que possibilita a vinculação dos procedimentos executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) ao usuário, ao profissional que os realizou e também à unidade de saúde onde foram realizados". "É", coisa nenhuma. Talvez fosse, seria ou será. Por enquanto, o cartão SUS é apenas um desastre que merece ser estudado por pesquisadores da má administração pública e da esperteza dos fornecedores de equipamentos de informática.
LEIA MAIS:
http://sergyovitro.blogspot.com/2010/01/elio-gaspari-temporao-precisa-dedetizar.

Retrocedemos ao Ministro José Gomes Temporão e às suas mirabolantes promessas de um tapete mágico eletrônico, o Cartão Nacional do SUS (CNS) que facilitaria toda a gestão do sistema . O que vimos, o Sr.Gaspari descreve com precisão cirúrgica. Se você deseja saber mais consulte O Portal Transparência Brasil/Instituto Ethos . O mago da gestão , com métodos bem semelhantes, é, agora, o sanitarista Padilha que assegura  cadastrar cerca de 200 milhões de brasileiros até 2014. Qual a importância real deste tão badalado Cartão? A relação custo/benefício justifica a sua implementação? Trata-se de uma prioridade ou de uma peça de propaganda? Torci para que o SUS se aperfeiçoasse e depositei minhas esperanças nas UPAS. Não parecem decolar. Com um corte de mais de R$7bilhões no Orçamento da Saúde, os investimentos em Saúde Pública serão desacelerados e a rêde privada será chamada a substituir ou complementar de forma mais ampla as ações de saúde que deveriam ser papel do Estado ou as filas se ampliarão Brasil afora. Veja o exemplo do Hospital da Mulher ,em Feira de Santana: realizam-se , em média 30 partos /dia(PSNV e PSAC), mas são atendidas cerca de 80 pacientes/dia. A superlotação é uma constante e pouco ou quase nada,experimenta melhora ou evolução.A solução é o Tapete Mágico, O Cartão. A  análise dos preços praticados pelo SUS em relação à prestação de Serviços de Saúde, é exasperante e a iniciativa privada, que sonha com Alta Complexidade não revela interesse maior por Média Complexidade. Associe-se a tudo isto a falta de regulamentação das Terceirizações e a insegurança e precarização do trabalho médico estimulado pela contratação de mão de obra cooperativada.A tendência é agravar-se o quadro.
Não seria uma cortina de fumaça esta requentada campanha de cadastramento dos usuários do Sistema único de Saúde? 
Por que não continuar a usar a velha e eficaz Carteira de Identidade que tem uma proposta de modernização, inclusive com o uso de chips eletrônicos?
As empresas de informática estão rindo à tôa. Não inventem dispensa de licitação. Não dá prá engolir!
OLDECIR MARQUES

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