"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

domingo, 13 de março de 2011

CHOCOLATE AMARGO FAZ BEM À SAÚDE




Chocolate: A guloseima que faz bem à saúde
O chocolate amargo pode fazer bem à saúde
O chocolate amargo pode fazer bem à saúde
D.R.
É um alimento que pode e deve comer-se em qualquer altura do ano. O chocolate torna-se na guloseima ideal para oferecer à pessoa de quem mais se gosta ou para degustar num momento de gula. O Goodliving conversou com a nutricionista Inês Gil Forte que nos desvendou os mitos ligados ao consumo deste alimento.

D.R.

Não importa se é chocolate branco, preto, com avelãs ou bombons. É uma deliciosa guloseima que atrai miúdos e graúdos, e que serve de prenda em épocas tão diversas como o Natal, Páscoa ou Dia dos Namorados. Comida em pequenas quantidades, é um alimento que pode fazer bem à saúde. A nutricionista Inês Gil Forte explica que diversos estudos efectuados demonstram que o chocolate não é só calorias. “Tem sido estudado o efeito de derivados da planta do cacau, gorduras saturadas, ácido esteárico em concentrações de colesterol, e se o consumo de chocolate tem um efeito sobre a libertação de feniletilamina, anandamida, ou a serotonina”.

O chocolate escuro de boa qualidade possui elevada concentração de teobromina, um estimulante, e é também rico em flavonóides, antioxidantes. De facto, refere a nutricionista, alguns pequenos estudos têm mostrado o aumento das concentrações de flavonóides particular, a epicatequina – que também existente no chá verde, o que promove a actividade antioxidante e que também diminui a actividade das lipoproteínas de baixa densidade, nomeadamente o colesterol LDL, também conhecido como mau colesterol. Para além destas características benéficas para a saúde, Inês acrescenta que o chocolate, apesar das calorias, “tem efeito no atraso do desenvolvimento da aterosclerose e da arteriosclerose, inibe a actividade das plaquetas do sangue, estimula o fluxo sanguíneo e reduz também a pressão arterial”.

D.R.

Os poderes curativos do chocolate na história

Descoberto na antiguidade, o chocolate só chegaria à Europa na época dos Descobrimentos, graças a Cristóvão Colombo que, em 1502, o trouxe para Espanha, e que nos anos seguintes chegaria a países como a Grã-Bretanha, Itália ou França. Contudo, Inês Gil Forte conta que já no tempo dos aztecas o chocolate era usado como meio de curar várias doenças. “Nesta época, este alimento dos Deuses era usado para acalmar problemas de estômago ou intestino, diarreia dos bebés, mas o mais interessante é que já nessa altura os Aztecas utilizavam o cacau para promoverem as conquistas militares ou sexuais”.


Ao longo da história este mega produto da natureza foi adquirindo novas funções terapêuticas, que passaram pelo combate ao emagrecimento, os problemas femininos, para aumentar a produção de leite materno, limpar os dentes, diminuir a timidez e até prevenir doenças tão complexas como a sífilis, por exemplo. A nutricionista conta ainda que no século XIX “Richard Cadbury criou a primeira caixa de chocolates em forma de coração para o dia dos namorados, mas já antes este alimento era promovido como estimulante da libido. “Em 1652 Antonio Colmenero disse que a bebida dos índios prometia fazer da mulher velha jovem e fresca e que criava novas propostas da carne”.

Devemos consumir 10 gramas de chocolate por dia
Devemos consumir 10 gramas de chocolate por dia
D.R.

Chocolate, sim, mas quanto?

Com benefícios ao nível do sangue e do coração, o chocolate deve ser consumido tanto por miúdos como por graúdos. A questão é saber as quantidades correctas, para que se possa estabelecer um equilíbrio entre as calorias que este alimento possui e os benefícios que pode trazer. Inês Gil Forte explica que, em média, cada pessoa deve consumir apenas 10 gramas por dia, embora esse valor “dependa muito de pessoa para pessoa, do seu peso e da sua relação com o produto”. Esta é, segundo a nutricionista, a quantidade ideal para obtermos efeitos positivos em relação à redução da tensão arterial. “Tendo em conta de que aqui falamos de chocolate negro de boa qualidade”, acrescenta.


Questionada sobre o facto de muitas vezes valer mais a pena comer um chocolate do que outro tipo de alimento, a nutricionista revela que tudo depende do valor calórico do chocolate, mas que “um chocolate de boa qualidade, com 70% de cacau, com 540 kcal por 100 gramas, é bem mais interessante do que comer um bolo jesuíta que possui 515 kcal por 100 g ou pistácios que possuem 599kcal, ou ainda do que as famosas bolachas de Água e Sal que contém 451 Kcal. Mesmo um pacote de batatas fritas, que contém cerca de 526 kcal, mas que está cheio de sal, gordura e pouco se pode retirar desse alimento, parece-me bem pior”, remata Inês Gil Forte.

FONTE: GOOD LIVING PRESS

ANDRÉIA SILVA/ INÊS GIL FORTE

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