O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) entende as eleições municipais como um momento para pautar questões fundamentais que afligem a vida do povo. À luz dos últimos anos, compreendemos que os partidos, grupos políticos e personalidades tradicionais, desde muito “os candidatos de sempre” ou “apadrinhados de alguém”, não podem e nem querem cumprir a função de provocar a discussão pública acerca das várias feridas abertas com o rápido crescimento da cidade. Afinal, Feira cresce rapidamente, mas para quem? Cresce orientada pelas demandas dos trabalhadores e trabalhadoras ou pelos interesses estreitos de pequenos grupos econômicos e políticos? Em suma, para acolher a maioria ou para privilégio de uma minoria?
Ao invés de iniciativas que considerem as necessidades da maioria da população, inclusive no médio e longo prazo, há muito os “grandes projetos” das administrações municipais feirenses são mais bravatas publicitárias que maquiam os evidentes problemas na educação, saúde, arte, moradia, infra-estrutura, segurança, transporte coletivo, dentre outros. A lógica dessa “pequena política” é a transformação da cidade e da prefeitura em um grande mercado de troca de favores entre políticos e empresariado, obviamente deixando os interesses do povo em último plano. Resultados? Basta olhar a carestia do péssimo serviço de transporte coletivo; a expansão urbana sob domínio da especulação imobiliária e consequente rateamento do solo feirense entre grupos privados; a destruição de todas as lagoas e nascentes por omissão pública; ou mesmo a precariedade das escolas municipais e a desvalorização da carreira docente. É a partir dessas e outras questões incontornáveis que o PSOL vê a necessidade de uma candidatura da esquerda socialista em nossa cidade.
Nesse sentido, em esclarecimento às matérias publicadas nas últimas semanas pela imprensa digital (www.aquibahia.com; www.blogdafeira.com.br; e www.blogdojaironofre.com.br) sobre a possível candidatura do Prof. Jhonatas Monteiro, reafirmamos o princípio que numa candidatura socialista o propósito e o programa sempre devem anteceder os nomes. Portanto, seja o nome do companheiro ou outros que figurem em meio a militância local, até a convenção partidária para discussão eleitoral teremos um longo, fraterno e necessário debate interno, bem com todas e todos que desejem construir um projeto democrático, popular e que enfrente o racismo, o machismo e a homofobia infelizmente ainda tão presentes na Terra de Lucas.
Axé e luta!
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Direção do PSOL – Feira de Santana
14 de março de 2011
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