"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

domingo, 27 de março de 2011

ACELERANDO A INCLUSÃO DIGITAL

Paulo Bernardo: "Não leio mais jornal em papel"

Posted: 26 Mar 2011 11:34 PM PDT



“Em entrevista ao 247, ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, diz que não lê mais jornais impressos. E revela seu plano para acelerar a inclusão digital no País

Rodolfo Borges, Brasil 247

Foi em dezembro, quando o governo Dilma ainda nem tinha nem começado, que Paulo Bernardo recebeu sua primeira missão como Ministro das Comunicações: “Resolve esse assunto dos tablets”, disse a presidente Dilma Rousseff. “Fala com o (ministro da Fazenda) Guido Mantega e o (ministro do Desenvolvimento) Fernando Pimentel e vamos enquadrar isso. Vai ser relevante, a molecada quer ter e vai dar um impulso enorme na área da educação. Vai melhorar o acesso à informação e à cultura”, instruiu a presidente na segunda conversa que teve com Paulo Bernardo, logo depois de convidá-lo para assumir o ministério. A primeira medida do governo para popularizar esses aparelhos deve ser publicada nos próximos dias, quando a Receita Federal e o Ministério do Desenvolvimento (MDIC) devem anunciar a isenção de impostos para a fabricação de tablets no País. Paulo Bernardo também aposta na popularização da internet para disseminar os aparelhos pelo Brasil.

Os tablets passarão a ser enquadrados pela Receita Federal como microcomputadores, que são passives de isenção de tributos desde 2005. Nos últimos cinco anos, os preços dos notebooks caíram de R$ 4 mil para cerca de R$ 1 mil, em decorrência da medida. “A isenção vai ser para todo mundo, em qualquer região do pais. A Receita e o MDIC definem o enquadramento por ato administrativo. Vamos combinar algo razoável com uma aspiração da população. Há um público sequioso e sedento por ter acesso a esse tipo de tecnologia, uma mídia diferente”, disse Paulo Bernardo ao Brasil 247. O governo aposta na desoneração para atrair fabricantes. Empresas como Apple, Samsung e Positivo e Motorola já demonstraram interesse. “Mas se o produto não custar na faixa de R$ 500 ou R$ 600, não vai popularizar”, avisa o ministro, que já mudou os hábitos depois de adquirir seu tablet. “Não leio mais jornal em papel. Quando os jornalistas me perguntam, brinco que não leio porque suja a mão”, disse o ministro que, antes de entrar no avião, baixa todos os jornais em seu tablet, para ler durante a viagem. Um deles é o Brasil 247.

Entusiasta da tecnologia, Paulo Bernardo também aposta nos tablets como forma de facilitar e baratear procedimentos na área de educação e meio ambiente. “Falta gente nos Correios para distribuir tanto material didático. O pessoal da (Universidade) Estácio de Sá nos procurou para fazer um convênio. Eles precisavam mandar 100 mil kits com apostilas, livros, cadernos, tudo encaixotado. Os custos que tem esse negócio de postagem, impressão, o papelório. No tablet, você põe tudo lá dentro e manda por e-mail”, compara, lembrando que o aparelho ainda pouparia as crianças de carregar quatro ou cinco livros nas costas todo dia. “Tem escola que estabelece normatização de quanto pode ser o peso. Põe tudo isso no tablet. E é fácil de mexer. Minha filha de cinco anos pega isso aqui e barbariza”, diz o ministro, que destaca ainda o caráter ecológico dos aparelhos. “Uma grande empresa de educação trabalha com 100 mil kits, uma tralha, um papelório que, ao fim do ano, não serve para mais nada”.
Foto: Nilson Carvalho
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