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terça-feira, 29 de março de 2011

FREI CAL AFIRMA QUE "NA BAHIA O RACISMO É VELADO E NO SUL É ESTAMPADO"

O vereador Carlos Alberto – Frei Cal (PMDB), em discurso proferido na tribuna da Casa da Cidadania, nesta segunda-feira (28), criticou o racismo no Brasil, enfatizando uma matéria publicada hoje no site Acorda Cidade, intitulada: “Estudante feirense abandona universidade no Sul após denunciar agressão e racismo de PMs”. Na oportunidade, o edil citou outro caso de preconceito racial contra o radialista Nivaldo Cruz, ocorrido também no Sul do país.

Segundo a nota lida por Frei Cal, “o estudante Helder Santos, 25, não vai trazer na bagagem de volta à Bahia o diploma do curso de história da Unipampa, no Rio Grande do Sul. Ele foi obrigado a abandonar o curso no 3º semestre e deixar a cidade de Jaguarão, no sul do estado, após sofrer ameaças de morte em cartas supostamente enviadas por policiais da Brigada Militar da cidade. Helder denunciou ter sido vítima de racismo e agressão por policiais”.

A referida matéria diz ainda que “a primeira carta anônima chegou à casa do estudante de Feira de Santana após ele denunciar na Corregedoria da Polícia e na rádio local que tinha sido agredido e chamado de 'negro vagabundo' ao tentar defender um amigo durante uma abordagem policial. Helder foi agredido na barriga e no ombro por um dos policiais e em seguida detido sob acusação de desacato”.

De acordo com o vereador, a atitude racista contra o estudante está sendo investigada pela Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, ligada à Presidência da República, e pela Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Para o edil, é comum ouvir no Brasil que não há racismo contra negros e pardos. “Existe sim e é muito forte, sobretudo na Bahia”, afirmou Frei Cal, argumentando que “na Bahia o racismo é velado e no Sul é estampado”.

Em seguida, o legislador mencionou o caso do radialista Nivaldo Cruz. Frei Cal relatou que, “alguns anos atrás, Nivaldo saiu daqui da Bahia para participar de um encontro numa cidade do Sul do país. Ele ficou estarrecido com o que aconteceu. O radialista foi barrado em um evento por questão de cor. Foi taxado como negro. Nivaldo Cruz tomou um susto, ficou apavorado, porque aqui na Bahia, logicamente, de acordo com a pigmentação da pele dele, jamais seria chamado de negro”, disse.

ASCOM/PONDÉ

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