Posted: 06 Feb 2011 09:24 PM PST Rui Martins, Direto da Redação “Alguma coisa mudou. Se de um lado, a revolução egípcia contra Mubarak pode ser comparada com o levante da comuna de Paris de 1871, dela participam componentes tecnológicos inexistentes naquela época. Parodiando-se o canadense Marshall McLuhan, a revolução vem pelos novos meios de transmissão da mensagem. A ruptura com o Egito arcáico não foi possível com as rezas dos fundamentalistas da Irmandade Muçulmana, nem com a ideologia dos esquerdistas egípicios, mas pela mobilização permitida pelo twitter nos celulares e pelos grupos sociais do Facebook. E, elemento importante, o fato de um terço da população ser constituída de jovens. Não se pode negar – essa revolução foi deflagrada por jovens estimulados pelo conhecimento da existência da democracia, jovens da classe média na maioria universitários, utilizadores dos novos meios de comunicação. Eles próprios estão surpresos, pois materializaram uma mobilização virtual digitalizada no mundo eletrônico nas praças, ruas e cidades egípcias e estão em vias de mudar o quadro político do país. O trailer dessa revolução tecnopolítica ocorreu, mas sem sucesso, no Irã. O partido Verde se apropriou das ruas e os celulares serviam de coesão entre os manifestantes, transmitindo ao vivo os momentos fortes da rebelião, como as cenas de uma jovem abatida a tiros, com seus últimos minutos de vida presentes em milhares de celulares ao vivo e depois em imagens post-mortem. No Irã, essa tecnorevolução não deu certo, pela rapidez da repressão, mas na Tunísia e no Egito, não era possível a utilização do mesmo método. As câmeras de televisão transmitindo ao vivo para todo mundo eram não só as testemunhas como a garantia de que não haveria banho de sangue. Se os estudantes chineses da praça Tianemen já dispusessem dos meios sofisticados da tecnologia de hoje, não teria havido o ataque dos tanques, pois teriam sido avisados a tempo e as imagens por celulares poderiam provocar um impacto mundial.” Artigo Completo, ::Aqui:: |
"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
REDES SOCIAIS E REVOLUÇÃO
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