Vários estudos têm confirmado a relação entre a velocidade mais rápida e uma vida útil mais curta. Mas, a nova análise faz com que seja possível prever a expectativa de vida entre os mais velhos com base em seu ritmo, assim como outros indicadores de saúde.
O estudo mostra que, em vez de um médico avaliar a pressão sanguínea de um paciente, índice de massa corporal, doenças crônicas, internações, história de tabagismo e uso de meios auxiliares de mobilidade para estimar a sobrevida, uma assistente de laboratório poderia simplesmente avaliar o ritmo de caminhada de um paciente para prever a probabilidade da pessoa viver mais de cinco ou 10 anos, bem como uma expectativa de vida mediana.
Caminhada
Andar a pé ou em velocidade de marcha é "um poderoso indicador de vitalidade", diz Stephanie Studenski, professora da Divisão de Medicina Geriátrica da Universidade de Pittsburgh e co-autora da nova análise. "Nós simplesmente não usamos esse indicador nos cuidados de saúde ou de saúde pública".
Com mais pessoas vivendo mais, há uma crescente disparidade na saúde de adultos mais velhos, "tornando cada vez mais difícil distinguir os pacientes simplesmente velhos (idade cronológica) dos geriátricos (idade biológica)", disse Matteo Cesari, do Campus Bio-Médico da Universidade Roma (Itália).
Por exemplo, ele observou, os pacientes com câncer que são "velhos" mas não "geriátricos" podem ser bons candidatos para tratamentos mais agressivos, e distinções semelhantes poderiam ser úteis para os cardiologistas tentando tomar decisões sobre grandes cirurgias para os pacientes mais velhos.
A nova análise concluiu que a velocidade de caminhada se mostrou um preditor consistente do tempo de sobrevivência através da raça, idade e categorias de altura.
O estudo
Para o novo papel, Studenski e seus colegas analisaram nove estudos de corte de adultos residentes na comunidade com mais de 65 anos. Dos 34.485 adultos nos estudos, as pessoas com a expectativa de vida média percorriam cerca de 0,8 metros por segundo. Para aqueles com uma velocidade de marcha de um metro por segundo ou mais rápido a "sobrevivência foi maior do que o esperado por idade e sexo", notaram os pesquisadores em seu artigo.
Mas antes que as pessoas comecem a correr fora dos seus ritmos, Studenski adverte, o teste, embora seja simples e não requeira nenhum conhecimento formal de médicos, precisa ser feito em um ambiente controlado e executado por alguém que foi treinado para fazê-lo corretamente.
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