Estamos em setembro e fluem rapidamente os prazos para desfiliação e adesão a novos abrigos partidários sem que se fira a Legislação Eleitoral vigente.O PDT acolheu o atual Alcaide, que postulará a reeleição. O PMDB , partido de forte tradição em Feira de Santana deverá, muito provavelmente, relançar o ex-deputado federal Colbert Martins, herdeiro de um manancial de votos que pode decidir a ocorrência de um eventual segundo turno.Considerando-se a escancarada preferência das ruas pelo ex-prefeito Zé Ronaldo a hipótese de um segundo turno é frágil, entretanto, se o peemedebista arregaçar as mangas a probabilidade de que isto ocorra é pequena, mas é real. O petista Zé Neto, deverá ser o candidato wagnerista, considerando-se, contudo, uma eventual candidatura Sérgio se houver avaliação em termos de consulta idônea ao eleitorado feirense, que o credencie a uma disputa interna via prévias.
A pergunta que a maioria dos feirenses faz, hoje, é aquela relativa ao destino partidário do ex-prefeito Zé Ronaldo. Permanecerá no DEM? Migrará para o PP? Filiar-se-á ao PSDB? Ou abraçará o PMDB gedelista e , deste modo, na hipótese de uma vitória esmagadora no pleito municipal que se avizinha, habilitar-se-á e fortalecerá as hostes oposicionistas em busca do sonho de Ondina? O PMDB é, de longe a melhor capilaridade baiana em termos de diretórios municipais. Está fora do poder ,na Bahia, mas dá sustentação ao Governo Dilma e é a peça que dá efetiva sustentação à coalisão que governa o país. Uma candidatura Zé do Povo via PMDB feirense, desenharia com clareza meridiana os futuros embates estaduais considerando-se que uma união estratégica Colbert/Ronaldo(Colbert abdicaria da candidatura a prefeito) seria virtualmente imbatível. Não há questão ideológica a permear esta potencial aliança. Trata-se de conquistar o poder.O PMDB controla 111 prefeituras municipais, tem o2 deputados federais e 05 estaduais e tem diretórios espalhados por toda a Bahia.Uma aliança deste porte ampliaria a bancada de deputados federais do PMDB em 2014. É , sem lugar para dúvida, um parceiro e tanto. Se imaginarmos uma perfeita sinergia entre PMDB, PSDB, PPS, DEM, PTB, PV, PTN, além de partidos outros menores, mas capazes de abrigar milhares de agentes políticos, estaremos certamente a desenhar uma potencial esquadra de oposição capaz de fazer frente ao hegemônico PT e seus partidos coligados. O lançamento de candidaturas próprias pelo PCdoB, na capital e , muito provavelmente, nos grandes colégios eleitorais da Bahia, pode fragilizar a aliança situacionista. Vitórias expressivas nos grandes colégios eleitorais da Bahia nas eleições municipais 2012, e Feira de Santana com seu 350.000 eleitores é um dos maiores, estimulará a oposição baiana a buscar a unidade de ações e estabelecer metas comuns. O ex-prefeito, detentor de uma popularidade e uma liderança que não sofre corrosão, apesar de não ser detentor de mandato, é uma peça chave no tabuleiro da sucessão 2014.
O meu modesto oráculo antevê a possibilidade de migração do ex-prefeito para o PMDB baiano. A prefeitura pode, hoje, ser conquistada com qualquer partido que o abrigue,mas, a guerra política para Ondina necessita de estruturas partidárias fortes no tabuleiro do poder. Se o projeto for local basta arregaçar as mangas e falar rua a rua com os feirenses para chegar-se à vitória. Se o salto for maior, a companhia do PMDB será indispensável.
OLDECIR MARQUES
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