Estivemos,hoje, pela manhã, registrando o movimento paredista dos trabalhadores da rede bancária de Feira de Santana e constatamos que os índices de adesão são altos, embora estratégias diversas, legítimas ou não, estejam sendo utilizadas por gerentes e coordenadores, a exemplo da "chegada ao banco mais cedo e adentrar pelo setor de carga e descarga"como se queixa decepcionado, um jovem sindicalista. O movimento parece sólido, apesar destas pequenas misérias da alma humana, e dá sinais que vai prolongar-se por bom tempo.
O que querem e reclamam os trabalhadores?
1-Solicitam um reajuste salarial de 12,8% , o que lhes daria uma margem de ganho real em torno de 5%. Os patrões oferecem 8%;
2-Querem mais e melhores condições de segurança;
3-Querem aumento no valor do vale refeição;
4-Lutam por mais participação nos resultados e lucros dos bancos. A média de lucro dos banqueiros, segundo alguns sindicalistas, ultrapassa estratosféricos 30%, números só encontrados nos Balanços dos Bancos brasileiros;
5-Querem mais contratações.
"Os banqueiros obtiveram um crescimento acima de 30%, apresentando lucros astronômicos, que não justifica este tratamento dispensado aos trabalhadores, que com o seu trabalho ao longo do ano, foram os verdadeiros responsáveis pela grandiosa rentabilidade destas Instituições, quer sejam Privadas, quer sejam Públicas", desabafa o sindicalista Eliezer Ferreira, diretor do Sindicato(Folha do Estado).
Na agência do Banco do Brasil Boulevard Sopping parece haver colaboração de alguns trabalhadores no sentido de barrar o processo de greve. Os caixas eletrônicos continuam sendo reabastecidos e o atendimento ao cliente que tem cartão eletrônico, parece normal. Não se faz mais greve como no passado. Os banqueiros dispõem, agora, de recursos tecnológicos que lhes permitem contornar vários problemas. A avaliação da população parece ser favorável ao movimento. A questão crucial é saber até quando resistirão a este "tour de force" com o patronato. Espero que tenham sucesso!
Oldecir Marques
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