Trabalhadores da educação que participam ativamente do movimento grevista liderado pela ADUFS, ocuparam, temporariamente, as instalações da DIREC, de forma gandhiana, ativa e pacífica. Animados pelo safoneiro Ismael e seu regional, os professores e servidores técnicos da UEFS, improvisaram uma quadrilha de São João, animada e bastante inspirada. Ponto a destacar foi a intervenção, também pacífica e educada de uma funcionária da DIREC encarregada de negociar uma reunião com o sr.Eutímio, dretor do orgão estadual em Feira de Santana, para as 15:00 horas, quando se tentará encontrar soluções para um movimento que paralisa 4 grandes Universidades e mantém sem aulas mais de 60.000 alunos. Os professores conseguiram importantes vitórias no Poder Judiciário e tiveram o reconhecimento do seu direito líquido e certo, de receber os salários que foram cortados pelo Governador, numa manobra que, segundo os grevistas, remonta aos tempos obscurantistas do carlismo e da repressão.
Além de melhor remuneração os professores mostram crescente preocupação com a autonomia universitária. Líderes grevistas afirmaram,hoje, suspeitar que o Governo Popular Wagnerista, manobra para privatizar as Universidades Estaduais. Esta hipótese, admitem, está ainda no terreno especulativo.Entretanto, são tantos os atos incoerentes do wagnerismo ,que autorizam as suspeitas de uma ameaça crescente à Universidade Pública e Gratuita, conquista do Povo da Bahia.
A manifestação e a ocupação foram conduzidas com boa técnica de massas e fez-se de modo absolutamente pacífico. Deu-me a impressão que Mohandas Gandhi, reencarnado, comandava os Camisas Vermelhas do MST. Espero que este microdrama do wagnerismo seja resolvido da melhor forma possível e que a Bahia volte, pacífica e tranquila, ao estuário da redemocratização. OLDECIR MARQUES
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