"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CALÇADAS ACESSÍVEIS


Calçadas acessíveis. Infraestrutura básica que afeta diretamente a questão do turismo.

by Ricardo Shimosakai

As calçadas são parte da infraestrutura básica de um local, para todas as pessoas. Pois ela deveria ser a alternativa mais fácil e segura para um pedestre transitar, e então estar de acordo com as normas de acessibilidade. Existe a problemática de quem deve cuidar da calçada, o proprietário do imóvel ou o poder público? O fato é que as calçadas apresentam diversos problemas, seja pela falha na sua construção, ou também pela falta de conservação.

Sua importância é tão grande que afeta de forma praticamente direta todas as outras áreas de uma vida social como o trabalho, educação, saúde, lazer e turismo entre outras. Mesmo utilizando-se de transportes públicos ou particulares, que ajudam a minimizar as dificuldades do trânsito em uma calçada, fica difícil escapar totalmente dela, pois sempre há pelo menos um pedaço de calçada que precisamos percorrer, e por menor que seja, pode acabar sendo um grande problema.

Isso se reflete no lazer e turismo, pois as calçadas são uma das importantes vias de acesso para hotéis, museus, restaurantes, e outros atrativos turísticos. A falta de acessibilidade nas calçadas inibem de forma considerável a iniciativa de pessoas com deficiência a saírem de casa para realizar atividades de lazer e turismo que tanto desejam. Num passeio turístico, a busca pelo rebaixamento de guias em calçadas, acabam tomando tempo e desgastando fisicamente um cadeirante. Para um cego, a busca pela direção e o cuidado para não tropeçar ou trombar com objetos em seu caminho, também são um problema. Então para que haja uma adequação melhor de um produto turístico, é necessário pensar na acessibilidade de seu entorno também, o que envolve itens como sinalização, calçadas, locais d e travessia, etc.

Numa cidade acessível, o direito à utilização de espaços públicos, ao transporte e às edificações deve estar garantido não apenas pelo poder público, mas por toda a sociedade. Isso significa que a adoção dos parâmetros de acessibilidade nessas estruturas vai contemplar tanto as pessoas com deficiência quanto as com mobilidade reduzida, como idosos, crianças e gestantes.

A proposta deste Guia Prático para a Construção de Calçadas, organizado pelo Grupo de Acessibilidade do Crea-BA, surgiu a partir de duas edições do Seminário Baiano de Calçadas, realizadas respectivamente em 2005 e 2007. Em parceria com diversos órgãos, o objetivo da publicação é orientar o poder público e a sociedade, trazendo propostas e análises sobre os problemas enfrentados diariamente pelas pessoas nas calçadas da capital baiana.

Salvador apresenta hoje um dos piores índices de manutenção de calçadas do País. Dessa forma, o Guia vai discutir itens como as melhores condições de acessibilidade urbana, a dinamização na implantação de infraestrutura urbana, o disciplinamento de usos e apropriações sociais, a melhoria das condições ambientais das ruas e da cidade, além da melhoria da paisagem urbana.

Esperamos que o resultado deste trabalho venha a contribuir efetivamente para a mudança de postura dos gestores públicos a partir de uma nova visão que considere o acesso universal ao espaço público um benefício para os moradores, usuários e visitantes. A acessibilidade é uma responsabilidade de todos.

A calçada ideal é aquela que garante o caminhar livre, seguro e confortável de todos os cidadãos. A calçada é o caminho que nos conduz ao lar. Ela é o lugar onde transitam os pedestres na movimentada vida cotidiana. É por meio dela que as pessoas chegam aos diversos pontos do bairro e da cidade. A calçada bem feita e bem conservada valoriza a casa e o bairro. A calçada ideal deve oferecer:

Acessibilidade - assegurar a completa mobilidade dos usuários.
Largura adequada- deve atender às dimensões mínimas na faixa livre.
Fluidez- os pedestres devem conseguir andar a uma velocidade constante.
Continuidade - piso liso e antiderrapante, mesmo quando molhado, quase horizontal, com declividade transversal para escoamento de águas pluviais de não mais de 3%. Não devem existir obstáculos dentro do espaço livre ocupado pelos pedestres.
Segurança- não oferecer aos pedestres nenhum perigo de queda ou tropeço.
Espaço de socialização - deve oferecer espaços de encontro entre as pessoas para a interação social na área pública.
Desenho da paisagem - propiciar climas agradáveis que contribuam para o conforto visual do usuário.

Faça o download clicando no link a seguir do Guia Prático para a Construção de Calçadas, elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do estado da Bahia (CREA-BA).

Fonte: CREA-BA/ Enviado por Carlos Lacerda

VÍDEO SAÚDE E CIDADANIA

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