"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

PROJETOS INTERROMPIDOS

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É fundamental que uma Instituição que atende Gestação de Alto Risco esteja habilitada e capacitada para oferecer tratamento crítico a pacientes que apresentam complicações associadas às suas patologias. Assim, em sendo o eclampsismo a patologia que mais evolui com agravos para pacientes de alto risco, impõe-se ,como necessidade imperiosa , que se crie uma Unidade de Tratamento Intensivo Para Adultos no Hospital Inácia Pinto dos Santos.
Não se pode negar ao atual Governo a tentativa de dar continuidade a projeto que teve início no Governo do Zé do Pilão. Os administradores do Zé Ronaldo, apesar da truculência, mostravam-se eficientes. Fizeram um esboço de Semi-Intensiva que passou a ser utilizada para Sala de Avaliação Pré-Anestésica . Assim, avaliávamos as pacientes , realizávamos as cirurgias e as devolvíamos para a sala de recuperação especial que já continha toda uma infraestrutura de leitos e gases medicinais que permitiam melhorar o atendimento. Logo depois daquela bela confusão com os aparelhos que sumiram, o atual Governo resolveu equipar a Semi-Intensiva do II° Mandato. Investiram-se em ventiladores ultramodernos; monitores multiparamétricos; desfibriladores e após o episódio em que eu fui buscar um moderno respirador que estava ocioso no famoso "PUXADINHO", o caríssimo aparelho foi incorporado à futura semi-intensiva. Como tudo neste Governo é de pé-quebrado, o sonho da Semi-Intensiva parou na Tecnologia. Nunca se investiu em formação de equipes; a quantidade de cirurgias eletivas regrediu ou zerou; as transferências tornaram-se regras; os equipamentos estão ociosos e/ou subutilizados. Milhares de reais estão parados e a nossa tão desejada Unidade de Tratamento Semi-intensivo serve agora como dormitório. As notícias que recebo são as piores possíveis. Segundo os meus amigos das redes sociais, "tudo está como d'antes no quartel de Abrantes" ou um pouco pior. Insisto que o problema é de gestão. Milhares de reais se acumulam sem utilização em excelentes aparelhos fornecidos pelo Ministério da Saúde, mas não existe um Planejamento para a Ação Gerencial capaz de torná-los úteis e capazes de gerar benefícios e lucros. Os "gênios alienígenas" importados ou improvisados pelo atual Alcaide ignoram princípios elementares de Administração Hospitalar. Enquanto tentam aprender ,empiricamente, os prejuízos se acumulam. É uma pena!

OLDECIR MARQUES (ANESTESIOLOGISTA)

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