Andei e,
até ontem,
tudo que vi
não me impediu
de continuar.
E ando, então, até aqui.
Andei
até hoje,
e tudo que senti
nem suficiente é
por tudo que pressenti.
E penso andar ainda.
E nem sei do porto.
Andarei assim
até que não me comporte mais
o quadrante.
Serei, como então,
andante,
que lança versos grátis
no mercado ambulante.
Um certo camelô
que foge do rapa,
mesmo dando amor.
Andando nesta viagem
Passageira,
Viajante é o que sou.
Oldair Marques
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