"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

terça-feira, 25 de outubro de 2011

GREVE DOS MÉDICOS DO SUS

MÉDICOS DO SUS FAZEM PARALISAÇÃO COM CAFÉ DA MANHÃ E MANIFESTAÇÃO PÚBLICA

Esta terça, 25 de outubro, foi marcada por grande mobilização dos médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e demais servidores públicos do Estado.

Hoje, em todo o país, os médicos fazem paralisação dos atendimentos para alertar à população para os sérios problemas enfrentados pelos médicos e demais trabalhadores de saúde, afetando, por conseqüência, a qualidade do atendimento ao usuário de um sistema de saúde que é público e que, deveria oferecer um tratamento digno à população.

Atualmente, o médico do SUS da Bahia sofre com um salário de R$ 723,81, e ainda enfrenta péssimas condições de trabalho, dificultando a sua tarefa no dia-a-dia. Por isso, o Sindimed , Cremeb e ABM promoveram uma manifestação, nesta terça, em frente ao Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso (Creasi ), próximo ao Shopping Iguatemi, onde reuniu médicos e representantes de entidades médicas como o presidente do Sindimed, José Caires, o vice-presidente Francisco Magalhães, e os diretores do sindicato Deoclides Oliveira, Dorileide de Paula, Débora Angeli, o presidente do Cremeb, José Abelardo Meneses, e o presidente da ABM, Antônio Carlos Vieira Lopes. Juntos com os usuários do SUS, os médicos compartilharam de um café da manhã, para mostrar que médicos e usuários estão juntos na luta em defesa de uma saúde pública de qualidade.

Segundo Antônio Lopes, paralisações como essas fortalecem a saúde, fazendo com que cada vez mais os usuários tenham um atendimento mais digno: “Quanto melhor o SUS, menos o usuário vai ficar refém da saúde suplementar. O SUS é a nossa chance de melhorar a saúde da população”, diz o presidente da ABM.

Em seguida, os médicos saíram em passeata em direção à frente do Shopping Iguatemi, onde se juntaram com outros servidores da educação, segurança auxiliares administrativos e outras categorias do serviço público que também exigiam mais respeito por parte do Governo. Segundo José Caires, por mais que um dia de paralisação não resolva todos os problemas, este é um ato importante, garantido por lei, e que serve para mostrar publicamente o descaso com a saúde e os direitos do trabalhador médico: “Enquanto o salário do médico do Ceará é R$ 2.678,10, nós, da Bahia, mostramos nos nossos contra-cheques um salário vergonhoso de R$ 723, 81”, denuncia.

A manifestação encerrou às 12h, partindo um bolo de 15 metros, simbolizando a atenção igualitária e justa pedida por todos servidores. Segundo representantes dos servidores, o ato conseguiu alcançar um número significativo de pessoas, como o aposentado Valdeir Marins, 74, que saiu às 5h com destino ao Creasi, e não conseguiu atendimento: “ Quem paga somos nós! O SUS custa caríssimo e , em troca, enfrentamos muitas filas e falta de atendimento”, afirma indignado.

FONTE:SINDIMED


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