PSDB exige proteção policial para PM que denunciou corrupção no Esporte
Brasília – (18/10/11) – O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta terça-feira que o partido exigiu do ministério da Justiça, proteção policial para o PM João Dias Ferreira, autor das denúncias de corrupção contra o ministro do Esporte.
“Ele tem provas, tem indícios e tem razão. O que funciona no ministério do Esporte é uma organização criminosa”, resumiu o presidente do PSDB após encontro com o denunciante.
De acordo com Guerra, João Dias Ferreira deu detalhes de como funciona o esquema de corrupção no ministério do Esporte e mostrou-se disposto a apresentar as provas que possui.
Operação-abafa
Se depender da base governista no Congresso, ele não terá essa oportunidade.
O governo montou uma operação-abafa para evitar que a oposição explorasse as denúncias contra o ministro do Esporte. Orlando Silva chegou ao Plenário 3 das comissões da Câmara dos Deputados escoltado pelas bancadas do PCdoB na Câmara e no Senado.
Segundo Sérgio Guerra, “montaram um palanque para exibir as virtudes do ministro e impedir que aprovemos os requerimentos que pretendem trazer o acusador para apresentar as provas. Quem acusou tem domínio completo da matéria”, explicou.
Esta é a quinta crise política enfrentada pelo governo Dilma Rousseff (PT) em apenas dez meses de mandato.
Desde janeiro já caíram os ministros da Casa Civil, Transportes, Agricultura e Turismo, por corrupção, e da Defesa, Nelson Jobim, por divergências políticas.
Na avaliação de Sérgio Guerra, “isso prova que essa administração é muito ruim, que não faz nada para evitar a corrupção. É um caso atrás do outro. Denúncias são feitas, provas apresentadas e nada acontece”.
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), revelou que os fatos apresentados por João Dias Ferreira “são gravíssimos e estarrecedores”. “Ele traz elementos muito mais complicadores que aqueles apresentados à revista Veja. Há uma verdadeira rede montada para atender à interesses partidários e eleitorais e até pessoais”, concluiu.
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