"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

quinta-feira, 11 de março de 2010

INCONTINÊNCIA URINÁRIA


11/03/2010
Incontinência urinária atinge 50%das mulheres com mais de 50 anos

Cerca de 50 milhões de pessoas no mundo apresentam incontinência urinária. Dados da Sociedade Brasileira de Urologia indicam que no Brasil 50% das mulheres e 12% dos homens acima de 50 anos apresentam algum grau de incontinência. Apesar da alta incidência entre a população feminina, a doença ainda carrega preconceito e desinformação. Aproveitando que em 14 de março comemora-se o Dia Mundial de Combate à Incontinência Urinária, será realizado em Bauru o 1.º Simpósio sobre o assunto.

O evento começa amanhã, com as atividades voltadas a médicos urologistas, ginecologistas e geriatras da região. Já no sábado, haverá também uma palestra voltada para leigos. O evento é promovido pelo Programa de Apoio, Prevenção e Educação da Clínica Integra. Segundo o médico urologista Filemon Silva Casafus, da Clínica Integra, a incontinência urinária é uma doença causada por diversos fatores, e caracteriza-se por perda involuntária da urina. “Ela pode afetar homens e mulheres de todas as faixas etárias, no entanto, é um transtorno bastante comum em mulheres acima dos 40 anos de idade.

Apesar de ser mais frequente em pessoas idosas, o descontrole da micção não é uma característica “normal” da velhice, ao contrário do que muitos pensam. “A incontinência não faz parte do processo normal de envelhecimento e, portanto, deve ser sempre investigada e tratada em qualquer idade. Até mesmo as mulheres que nunca tiveram partos normais, como as jovens e as que não têm a bexiga caída, podem ter incontinência urinária”, explica Casafus.

O presidente eleito da Sociedade de Urologia e diretor da Clínica Integra, Aguinaldo César Nardi, lembra que as consequências da incontinência urinária estão relacionadas principalmente com o convívio social, causando vergonha, depressão e isolamento. “A incontinência provoca grande transtorno aos pacientes e familiares, tendo também impacto na economia”, alerta Nardi.

De acordo com Casafus, um tratamento adequado depende de uma avaliação detalhada e individualizada do problema e varia segundo a causa, a severidade e o tipo de incontinência urinária. A identificação da incontinência deve ser feita por meio de história clínica detalhada, exame físico e estudo urodinâmico, que é um exame que analisa o comportamento da bexiga durante seu enchimento e o esvaziamento.

“As opções de tratamento incluem mudanças no estilo de vida e comportamento, medicação, fisioterapia e cirurgia. Geralmente, uma combinação dessas possibilidades é utilizada”, afirma Casafus. De acordo com a fisioterapeuta especialista em incontinência, Dulce Sartori, a fisioterapia atua na musculatura do assoalho pélvico favorecendo as funções sexuais e de continência dessa musculatura.

“O objetivo é a qualidade de vida através de exercícios para região do períneo com auxílio de cones vaginais, biofeedback e eletroestimulação. Não proporciona riscos, não causa danos à saúde e não invalida eventual cirurgia futura”, esclarece a fisioterapeuta. Ainda segundo Dulce, a prática de contração da musculatura pode ocorrer como medida profilática, prevenindo a degeneração do grupo muscular e a diminuição da força de contração.

Casafus afirma também que, recentemente, a toxina botulínica foi introduzida ao arsenal terapêutico da incontinência urinária, principalmente nos casos de incontinência de urgência que não respondem a tratamento farmacológico e fisioterapêutico.
Fonte JCNet/Jornal da Cidade/Bauru

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