"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

domingo, 28 de março de 2010

PAC: A MEGABANDEIRA DE $ 1 TRILHÃO.VOCÊ FOI CONVIDADO? COMPAREÇA!

Pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) deixa o governo na próxima quarta-feira para dedicar-se integralmente à campanha presidencial.
.

Numa série de despedidas que vão marcar a saída de Dilma do cargo, o governo preparou um megaevento na segunda-feira para lançar o PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) --uma das principais bandeiras da campanha petista.

Para o lançamento do PAC 2, foram convidadas 1.200 pessoas entre ministros, governadores, prefeitos e empresários. No evento, a ministra vai apresentar as linhas gerais do programa que prevê investimentos de R$ 1 trilhão, especialmente nas áreas de saneamento básico, habitação, além de ações com melhorias em favelas e centros urbanos.

A orientação palaciana é para que a ministra roube a cena e se transforme na grande estrela da cerimônia. Além de Dilma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Guido Mantega (Fazenda) também devem discursar para destacar que o PAC 2 será parte do legado do atual governo para a forma de se governar no país.

Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, a ideia do presidente Lula é explorar o PAC 2 na campanha eleitoral, provocando a oposição a se manifestar sobre o programa.

Depois da cerimônia do PAC 2, mas antes de deixar o governo, a ministra ainda viaja para Salgueiro, em Pernambuco, para visitar obras da Ferrovia Transnordestina. O último compromisso previsto para Dilma, após sete anos como integrante do governo Lula, é a cerimônia de posse dos novos ministros que vão assumir no lugar dos atuais que deixam os cargos para concorrer nas eleições de outubro prevista para quarta-feira.

O número oficial de ministros que sai ainda não foi confirmado, mas expecula-se que devem ocorrer até 10 baixas. Nos últimos dias, o presidente Lula tem se esforçado para tentar convencer alguns integrantes do primeiro escalão a continuar no governo. A orientação do presidente é para que assumam secretários-executivos dos ministérios para evitar um novo desgaste político entre os partidos da base aliada na briga por cargos.

A legislação eleitoral obriga ocupantes de cargos no Executivo a deixarem suas funções até o dia 3 de abril se forem disputar as urnas em outubro. Além de Dilma, o governador José Serra (PSDB) também se despede do comando do Estado na próxima semana para dedicar-se à sua campanha à Presidência da República.

A disputa entre a petista e o tucano promete polarizar a corrida presidencial num embate classificado por Lula como "eleição plebiscitária". O PT quer comparar a gestão de Lula com a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, enquanto os tucanos defendem o embate personalizado entre Lula e Dilma sem a comparação direta entre os oito anos de governo do PSDB e os oito do PT.

Sucessão. O novo ocupante da Casa Civil também deve respeitar essa regra. Com o aval de Dilma, a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, assumirá o cargo. A coordenação do PAC, vitrine da pré-candidata do PT, no entanto, será entregue a Miriam Belchior, que atua na Casa Civil como subchefe de articulação e monitoramento.

Erenice foi acusada de montar, em 2008, um dossiê com todos os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de sua mulher, Ruth, e ministros da gestão tucana. O dossiê teria sido montado em meio às denúncias de irregularidades no uso do cartão corporativo por integrantes do governo Lula, numa espécie de resposta às acusações contra os petistas.

Folha On Line/Brasília.


Nenhum comentário:

Postar um comentário