"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sexta-feira, 19 de março de 2010

EVOLUÇÃO DO EMPREGO EM FEIRA DE SANTANA


Feira de Santana destacou-se entre os municípios da Bahia como gerador do maior número de empregos formais( empregos com carteira assinada) no mês de janeiro de 2010 com 3.698 admissões , 2708 demissões e um saldo positivo de 990 postos de trabalho.Voltou a destacar-se em Fevereiro de 2010, voltando a crescer com 4156 admissões, 2908 demissões e saldo de 1248 empregos formais .Observando os dados de janeiro, vê-se que a indústria extrativa mineral, com 7.5% de variação percentual seguida da Construção Civil com variação de 5,04%, foram os setores da atividade econômica que mais cresceram. Sem nenhuma dúvida, programas sociais da dimensão do Minha Casa ,Minha Vida/PAC/Governo Federal, com parcerias inteligentes e desprovidas de preconceitos ideológicos, com a iniciativa privada, tem acelerado de maneira notável o crescimento do emprego em Feira de Santana. Dir-se-ia estarmos diante do modelo chinês de desenvolvimento, que utiliza a psicologia do lucro, a agilidade gerencial das empresas privadas, a desburocratização e o esmero técnico destas empresas, com a capacidade de financiamento do Estado, a normatização e a consagração de regras econômico-financeiras sólidas. Há que respeitar o empenho dos Governos Municipal e Estadual, que patrocinam incentivos, infraestrutura viária e esgotamento sanitário.
Vale a pena comparar quadro similar de Evolução do emprego em Feira de Santana em igual período de Fevereiro de 2009. Em plena crise econômica internacional, vê-se à luz dos dados estatísticos os números pífios da economia feirense com os seus desastrosos reflexos na vida dos trabalhadores de baixa renda.

A perda de postos de trabalho foi acentuada na Indústria, no Comércio e na Construção Civil.
A retomada da construção do Centro de Convenções e o Projeto de um moderno Centro Administrativo para Feira de Santana, ou a construção de uma sede definitiva para o CMDI, seguiriam esta tendência de crescimento considerando as facilidades de geração de empregos formais na construção civil. Há projetos em estudo para a construção de dois novos viadutos.Estes empreendimentos tem aspectos positivos mas não geram benefícios sociais como a construção de Hospitais Municipais de Pequeno Porte nos distritos, credenciados pelo SUS, que indubitavelmente gerariam empregos permanentes e melhor qualidade de assistência à Saúde.
Impressionante é a queda de postos de trabalho no campo. A queda de empregos formais no campo é notória.O que pode ser feito por uma Secretaria de Agricultura habituada a cultuar Guzerás e Nelores? Uma provável boa medida seria estimular a produção no campo com assistência técnica, crédito, aquisição de tratores e implementos agrícolas através de parcerias tripartites .Os orgãos de assistência técnica do Estado deverão ser solicitados a colaborar. A fixação do homem ao campo deve ser buscada com toda energia.
Dia 22 /03 comemoraremos o Dia Mundial da Água. Qual é a situação atual do homem do campo, em Feira de Santana, em relação à disponibilidade de água para a sua principal atividade economica? Não geraríamos mais emprego e renda se estendessemos o Água para Todos aos grandes distritos de Feira de Santana? É preciso buscar diversificar as práticas agrícolas na Região. Seria de bom alvitre se o Governo Estadual considerasse a criação de uma Escola de Técnicas Agropecuárias na Zona Rural de Feira de Santana. De uma vez por todas consolidou-se a participação do Estado na Economia. Não a ponto de colocar-nos numa camisa de força paternalista que nos suprime a iniciativa e que culmina nas ditaduras e na perda das liberdades individuais, mas o Estado regulador, parceiro, estável politicamente.Livre sonhar.....é só sonhar?
Oldecir Marques.

Fonte CAGED/CDL Feira.


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