Parlamentares ligados à Feira de Santana e que são membros da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (AL) estão preocupados com a crise que se abate sobre o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Médicos que atuam na Emergência Clínica e Cirúrgica do hospital entregaram uma carta à diretoria geral da unidade na quinta-feira (14), onde sugerem o fechamento temporário da emergência do HGCA por conta da superlotação no local.Parlamentares feirenses mostram preocupação com a possível implosão do também muito frágil Sistema de Políclínicas existente em Feira de Santana e implantado pelo ex-prefeito José Ronaldo , que experimentou pouca evolução e pode passar a viver o grave problema da superdemanda para a qual está totalmente despreparado.Veja o que diz a deputada feirense Graça Pimenta, ligada ao PR, partido de Valdemar Costa Neto e Alfredo Nascimento, envolvidos em recentes episódios de corrupção no Ministerio dos Transportes:"As seis policlínicas feirenses já atendem por dia cerca de 250 pacientes de nossa cidade e de municípios da região, que muitas vezes nem são pactuados com a Secretaria de Saúde feirense.Com o fechamento, mesmo temporário, da emergência do HGCA, as policlínicas também poderão ser superlotadas. O governo estadual tem que tomar providências antes que a situação se torne mais grave”, cobra a parlamentar. No documento entregue no HGCA, os profissionais solicitaram ainda as ampliações do espaço físico, do número de aparelhos de suporte para pacientes graves e da quantidade de profissionais nos setores de emergência. O acréscimo do número de leitos na enfermaria e nas unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e semi-intensivo também foi solicitado pelos profissionais. O presidente da comissão da AL, deputado José de Arimatéia, acredita que a ocasião requer empenho dos poderes públicos. “A situação é preocupante. O momento pede a união de forças dos governos municipal e estadual. Também é preciso estudar e ampliar o HGCA”, diz o parlamentar,relembrando a antiga hipótese de construção de um segundo pavimento no HGCA, entretanto,não aprofunda a crítica ao caótico sistema de saúde que experimentamos e evita cobranças mais contundentes ao Governo do Estado,que apesar de ter construido novas unidades de saúde de grande porte,a exemplo do Hospital Estadual da Criança, implementa um sistema gerencial que leva, na prática, à privatização das ações do Sistema Unico de Saúde.
O desafio está lançado. As forças conservadoras que dirigiam a Bahia não conseguiram equacionar a contento os vários problemas do Sistema Público de Saúde e, lamentavelmente, os atuais governantes, que assumiram com um discurso progressista, aprofundam o modelo neoliberal, agridem direitos trabalhistas elementares apoiando a expansão de "cooperativas" que tem donos e aprofundam a privatização da saúde e usam o sistema como moeda de troca político-eleitoreira, contrariando todas as idéias que publicizaram em memoráveis e libertárias campanhas.Desejamos que se encontrem soluções sem a necessidade de onerar cada vez mais o bolso do contribuinte com novos e pesados tributos.
OLDECIR MARQUES
Blog Saúde e Cidadania/Crédito fotográfico,Blog por Simas
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