"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

REDUÇÃO DE JUROS BÁSICOS DA ECONOMIA


Embora avalie que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi importante para sustentar a política de combate à inflação do governo Lula e certeiro nas medidas de contenção dos efeitos da crise econômica mundial de 2008 e 2009 no Brasil, a presidente eleita, Dilma Rousseff, tende a não aproveitá-lo no posto.

É certo que Dilma vai centralizar em torno de si todas as ações econômicas do início do governo, disse ao jornal O Estado de S. Paulo um de seus mais importantes colaboradores. Pretende, com isso, alcançar dois objetivos: forçar a redução nas taxas de juros logo na primeira reunião do Copom (Conselho de Política Monetária) e mostrar que, ao contrário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela terá o controle de todos os setores do governo, a começar pela economia. Tanto é assim que o primeiro bloco de auxiliares a ser anunciado será o da equipe econômica.

Com a centralização e a pressão explícita para que os juros baixem - o que Lula nunca exerceu em relação ao Banco Central -, Meirelles ficará numa posição desconfortável, pois sua política de combate à inflação tem sido sempre a de, por absoluta prevenção, manter os juros altos.

Uma solução para Meirelles - e ele já se mostrou simpático à ideia - seria nomeá-lo embaixador do Brasil em Washington. É um nome com muito trânsito nos meios financeiros e governamentais, atributos essenciais para a interlocução de um governo Dilma que ainda não tomou posse mas já faz coro e, ao lado de Lula, acusa os Estados Unidos de, junto com a China, promoverem uma "guerra cambial" no mundo.

O PMDB, ao qual Meirelles é filiado, ainda tem esperanças de emplacá-lo no Ministério da Fazenda ou no dos Transportes. Mas Dilma tem sido aconselhada a manter Guido Mantega, decisão que contaria com a simpatia de Lula. E o Ministério dos Transportes é um feudo do PR, embora o PMDB esteja, numa espécie de escambo político, tentando trocá-lo pela Agricultura.

Conforme um integrante do governo muito próximo de Dilma, ela quer lotar o setor econômico na Esplanada dos Ministérios com "defensores de ações desenvolvimentistas" - como ela. A presidente eleita acredita que, assim como ocorreu na gestão Lula, principalmente depois da crise econômica mundial, o governo tem entre os seus papéis fundamentais fazer a indução para o desenvolvimento e o crescimento econômico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

BALANÇA COMERCIAL REGISTRA DÉFICIT EM NOVEMBRO

EDUARDO RODRIGUES - Agencia Estado

BRASÍLIA - A balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 663 milhões na terceira semana de novembro, de acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Entre os dias 15 e 21, as exportações somaram US$ 3,268 bilhões, com média diária de US$ 817 milhões, enquanto as importações chegaram a US$ 3,931 bilhões, com média de US$ 982,8 milhões, valor recorde para as compras brasileiras no exterior em uma semana.

No acumulado do mês até a terceira semana, a balança comercial brasileira tem superávit de US$ 662 milhões. Nos 13 primeiros dias úteis de novembro, as exportações totalizaram US$ 12,108 bilhões e as importações, US$ 11,446 bilhões. Em relação à média diária de embarques de novembro do ano passado, houve crescimento de 47,2%, enquanto ante outubro deste ano o aumento foi de 1,3%. Nas importações, o valor foi 46,2% superior à média registrada no mesmo mês de 2009 e 6,5% superior ao apurado em outubro de 2010.

Acumulado do ano

A balança comercial brasileira acumula superávit de US$ 15,283 bilhões em 2010, até a terceira semana de novembro. De acordo com os dados do MDIC, o saldo é 33,1% inferior aos US$ 22,858 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. No entanto, a corrente de comércio (soma das exportações e das importações) chegou a US$ 335,551 bilhões, superando em 36,8% o total de US$ 246,478 bilhões apurado em igual período de 2009.

Até a terceira semana de novembro, as exportações totalizaram US$ 175,417 bilhões, com média diária de US$ 793,7 milhões, equivalentes a um crescimento de 30,8% ante a média diária de US$ 606,6 milhões registrada no mesmo período de 2009. Neste ano, as importações já chegam a US$ 160,134 bilhões, com média diária de US$ 724,6 milhões, valor 43,9% superior à média diária de US$ 503,6 milhões registrada em igual período do ano passado.

ESTADÃO


Nenhum comentário:

Postar um comentário