"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Ciência: Antimatéria é ‘armazenada’ em laboratório pela primeira vez

Átomos de anti-hidrogênio foram capturados durante 170 milissegundos.
Experimento foi realizado no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares.


Cientistas do experimento Alpha, desenvolvido pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em inglês), conseguiram capturar pela primeira vez 38 átomos de anti-hidrogênio, a antimatéria equivalente ao hidrogênio convencional. O material foi armazenado por apenas 170 milissegundos – aproximadamente um sexto de segundo. A informação está no site da revista científica Nature (em inglês).

Os átomos de anti-hidrogênio foram produzidos no vácuo, mas cercados por matéria comum. Ao entrar em contato, antimatéria e matéria se anulam, com as antipartículas sendo desintegradas.

Agora os físicos do Cern desenvolveram uma armadilha magnética para “segurar” a antimatéria por um tempo ínfimo, mas suficiente para que os especialistas pudessem estudá-la. O objetivo é saber se as antipartículas são suscetíveis às mesmas forças eletromagnéticas que influenciam partículas comuns como prótons e elétrons.

Antihidrogênio 1
Equipamento usado para capturar átomos de anti-hidrogênio.

A antimatéria é um dos principais mistérios da ciência. É idêntica à matéria comum, mas as partículas que a compõem têm cargas elétricas opostas. Como exemplo, a antipartícula equivalente ao elétron é o pósitron, que tem carga positiva.

O anti-hidrogênio é formado por um antipróton, com carga negativa, e um pósitron. Já havia sido criado artificialmente em 1995 no Cern, porém os estudiosos nunca conseguiram deter os átomos por muito tempo. Ao entrarem em contato com a matéria comum, acabam gerando radiação ou se transformando em outras partículas.

Técnicas de criação de anti-hidrogênio – outra foi desenvolvida em outro experimento do Cern chamado Asacusa – servem aos cientistas para testar o que é previsto pelo modelo padrão de partículas elementares.

FONTE G1

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