Vereador critica Secretaria de Saúde do Estado da Bahia por atendimento em hospitais
O vereador José Carneiro Rocha (PDT), em discurso proferido esta semana na sessão legislativa, disse que no período em que a Bahia foi governada pelo Democratas (DEM) os problemas do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) passavam despercebidos na Câmara Municipal de Feira de Santana. Na opinião do legislador, a falta de reivindicações por melhorias no funcionamento da unidade hospitalar, no passado, está refletindo negativamente na atualidade.
“Se tivéssemos uma voz nesta Casa defendendo o Clériston Andrade ou criticando como fazem hoje, já que ficaram 16 anos no poder, por certo o hospital seria realmente um ‘senhor hospital’. Sem dúvida a unidade hospitalar seria a ‘8ª maravilha do mundo’. Mas infelizmente se calaram, ninguém levantou a voz naquele período: César Borges, Paulo Souto não fizeram absolutamente nada pelo Clériston Andrade e nada mudou de lá pra cá, permanece tudo como dantes no quartel de Abrantes”, afirmou o edil.
Na sequência, o legislador comentou sobre as dificuldades que enfrentam as parturientes de Feira de Santana, porém ressalvou que não se pode atribuir exclusivamente ao HGCA o caso da gestante que deu a luz sentada no banco da emergência do hospital, na última terça-feira (7).
“Nós temos que atribuir a um sistema, infelizmente, que não corresponde e não atende as parturientes, não só de Feira, mas da região. Esta senhora saiu do município de Cachoeira que tem um ‘senhor hospital’. Apesar disso, lá não havia médico e, no entanto, eu não vi nenhuma crítica de ninguém com relação à Santa Casa de Misericórdia de São Felix e de Cachoeira. Saindo destas unidades de saúde, passou no Hospital da Mulher, mas não tinha vaga. Foi ainda aos hospitais Dom Pedro e Mater Dei e também não tinha vagas”, argumentou.
Indignado com a situação, o esposo da gestante danificou a porta da recepção e foi contido por policiais militares no HGCA. “Nós não podemos condenar a atitude dele de chutar o ‘pau da barraca’, porque talvez qualquer ser humano que tinha sentimento fizesse a mesma coisa naquele momento de dor e emoção”, observa José Carneiro.O vereador disse que às vezes não consegue entender por que direcionam tudo exclusivamente ao HGCA. “A culpa não é apenas do Clériston, e sim da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia que não tem se preocupado com os problemas que temos enfrentado no dia-a-dia. Nós temos dois ‘elefantes brancos’. O Hospital Estadual da Criança não funciona nem 50%, poderia ter sido perfeitamente ampliado o número de leitos para maternidades. Por sua vez, o Hospital Municipal da Criança poderia ser utilizado como anexo do Hospital da Mulher, sobretudo para que essas senhoras não fiquem padecendo tanto, peregrinando uma vaga para dar luz aos seus filhos”.
Ascom/Pondé/Saúde e Cidadania
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