Os hospitais privados EMEC e SÃO MATEUS, os dois maiores Hospitais Privados de Feira de Santana,credenciados por diversas seguradoras, resolveram paralisar os atendimentos emergenciais. A origem do problema reside no impasse entre Hospitais e Seguradoras sobre quem deve cumprir o que determina a Resolução CFM 1834/2008 ,uma indiscutível conquista da classe médica que,contudo, eleva os custos operacionais dos Hospitais.O Artigo 2° da supracitada resolução estabelece de forma clara que as Instituições que oferecem Serviços são responsáveis pelo pagamento dos honorários especiais estabelecidos pelo CFM. Os Hospitais reclamam que convivem com Taxas Hospitalares de valores irrisórios e insuficientes para fazer frente aos custos adicionais previstos pela Resolução 1834/2008. As seguradoras pagam, hoje, algo em torno de R$14,00 por diária de Internação. A depender do volume de internações, acreditamos que um reajuste nestas taxas ajudariam a resolver o problema e permitir manter os contratos estabelecidos por Hospitais Privados /Seguradoras, sem prejuízo dos pacientes.Um reajuste de cerca de 100% nestas Taxas poderia, segundo fontes consultadas pelo Blog Saúde e Cidadania, resolver temporariamente o impasse.A paralisação será capitaneada pelos dois maiores Hospitais Privados de Feira de Santana, que atendem cerca de sete mil pacientes/mês e seu inicio está previsto para 1° de julho de 2011. A população de segurados de Planos de Saúde,está entre o mar eo rochedo. Os médicos pressionam e exigem o cumprimento da Resolução e os planos se recusam a assumir os custos. O PROCON está atento e disposto firmemente a defender os Direitos dos Consumidores, como manda a Lei. A manobra é arriscada para os Hospitais que se vêm na iminência de enfrentar uma luta judicial sem perspectiva de vitória .O melhor caminho, do nosso ponto de vista, seria convencer os Planos a admitir um reajuste emergencial das Taxas Hospitalares e, assim, injetar recursos nas empresas privadas. Um reajuste para R$28,00/dia permitiria à rede Privada reoxigenar o seu Caixa e , assim , cumprir o que preceitua o Conselho Federal de Medicina. Fica a sugestão e, como também sou segurado de plano de saúde e médico, fico a desejar que estes milionários planos abram mão dos seus excessivos privilégios e façam um acordo com a Rede Privada Credenciada e ponha um ponto final neste impasse ruim para todos: Hospitais, Planos de Saúde e Pacientes, que não dispõem de alternativas considerando assistência emergencial, excetuando-se o sobrecarregado HGCA(Estadual) e a Cooperativa Unimed que tem Hospital próprio mas está também superlotado e priorizará, certamente, os seus segurados. Que o bom senso prevaleça !
OLDECIR MARQUES-ANESTESIOLOGISTA
Nenhum comentário:
Postar um comentário