"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sexta-feira, 29 de abril de 2011

INFECÇÕES NOSOCOMIAIS: UM DESAFIO CONSTANTE








Desde o fim dos anos 80, as autoridades sanitárias francesas implementaram um conjunto de medidas de vigilância e de prevenção que envolveram a maior parte dos estabelecimentos de saúde
Crédito fotográfico: ERIC FEFERBERG/AFP.

AS TAXAS DE INFECÇÃO HOSPITALAR DECLINAM GRAÇAS A UMA MOBILIZAÇÃO INCANSÁVEL

"As infecções nosocomiais diminuiram na França,graças a inúmeras medidas implementadas nos últimos anos, diz-nos o dr.Bruno Coignard, Chefe do Departamento de Doenças Infecciosas da Vigilância Sanitária. É preciso continuar os esforços de prevençao e cuidados,em particular para evitar o surgimento de bactérias multirresistentes". As infecções nosocomiais são infecções adquiridas durante a permanência em um estabelecimento de saúde e que não estavam presentes, nem em período de incubação, no momento da admissão do paciente.

Estas infecções ocorrem numa proporção de 1:20 pacientes hospitalizados na França, e são responsáveis po 4000 óbitos/ano. A última enquete, realizada em 2006, mostrou uma redução de 10% das infecções nosocomiais desde 2001, atribuidas às medidas de prevenção efetivadas pelas autoridades sanitárias.

Os germes responsáveis por infecções nosocomiais, geralmente bactérias,provém dos próprios pacientes,de cuidadores(médicos, enfermeiras, técnicos,etc...), dos materiais usados nos hospitais e das superfícies que envolvem o paciente.Provocam a maior parte das vezes, infecções urinárias(30,3%), infecções do sítio operatório(14,2%) e pneumopatias(14%).As três bactérias mais frequentes responsáveis por infecções hospitalares na França, são a Escherichia coli(25%), Staphylococcus aureus(19%) e Pseudomonas aeruginosa(10%), bactérias normalmente presentes no organismo humano mas que podem desencadear infecções.

"L'utilisation fréquente d'antibiotiques à l'hôpital favorise le développement de bactéries résistantes à plusieurs antibiotiques contre lesquelles il est plus difficile de lutter et qui représentent la principale menace pour l'avenir."

"A utilização frequente de antibióticos no hospital favorece o desenvolvimento de bactérias resistentes a vários antibióticos(multirresistência ), por seleção natural, contra as quais é cada dia mais difícil de lutar e que representam uma grande ameaça para o futuro"

Os principais fatores de risco são a idade, o sexo masculino, uma doença severa,imunodepressão, antecedentes de intervenção cirúrgica nos últimos 30 dias e exposição a dispositivos invasivos como um catéter vascular, uso indiscrimado de sondas urinárias ou entubações para assistência ventilatória.É por isso que as infecções são mais frequentes nas unidades de terapia intensiva onde os pacientes estão fragilizados por sua doença e mais frequentemente submetidos a estes tipos de atos invasivos.

Equipes médicas devem pensar constantemente em novas maneiras de reduzir estes riscos, principalmente limitando o tempo de entubação para a ventilação ou desinfectando frequentemente os pontos de entrada possíveis para as bactérias.

A higiene das mãos continua sendo a base da prevenção e , as soluções hidroalcólicas, que reduzem o tempo necessário para lavagem das mãos, tem demonstrado eficácia na redução das infecções por S. aureus.

Além do uso de luvas e outras barreiras mecânicas, pode-se isolar o paciente para limitar o risco de transmissão a outros pacientes, sobretudo no CASO DE INFECÇÕES POR BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES

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http://www.lefigaro.fr/sante/2011/04/10/01004-20110410ARTFIG00243-infections-a-l-hopitalun-defi-permanent.p

POR JEAN-LUC NOTHIAS EM 12/04/2011.

TRADUZIDO POR OLDECIR MARQUES .

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