"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

quinta-feira, 14 de abril de 2011

JUVENTUDE UNIVERSITÁRIA QUER DISSOLUÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE TRANSPORTES


Estudantes querem revogação da tarifa, gratuidade para a categoria e fim do Conselho de Transportes

A palavra foi franqueada para vários estudantes, que estavam no plenário e nas galerias. Em todos os pronunciamentos foi reivindicado o passe-livre para a categoria e a dissolução do Conselho Municipal de Transportes. Iracema Silva Santos, do Movimento Levante, afirmou que desde que foi implantado o Sistema Integrado de Transportes caiu o número de usuários de ônibus. “Chegou a 27 milhões. Na última planilha a que tivemos acesso, eram 23 milhões”. Ela defende uma CPI na Câmara sobre o setor. “Não sabemos nada da receita dessas empresas. Hoje, apenas uma empresa controla o transporte urbano. A população não sabe como se deu esse processo de incorporação. Aparentemente, há uma barganha envolvendo concessões”, disse.

Yuri Santana Cerqueira, estudante de Economia da Uefs, argumentou que o transporte urbano é “forma de enriquecimento, com conivência de políticos que tiram alguns proveitos desse processo”. A tarifa alta, disse ele, exclui uma parcela da população que não tem dinheiro para pagar. “O passe-livre universal é garantido na Constituição. Trata-se de direito de ir e vir. Um direito que não está sendo assegurado”.

Ele disse que a publicidade que as empresas fixam no pára-brisa traseiro dos ônibus é ilegal. “A legislação diz que não podem ser fixados cartazes ou outros instrumentos de propaganda nos veículos. Mas ela é feita, gera recursos e isto não faz parte da planilha”, criticou. Yuri apresentou propostas para futuros debates: “O Conselho de Transportes não representa a população, mas setores que têm interesse direto no aumento da passagem. Queremos a sua dissolução; queremos a revogação do aumento recente, o passe-livre para todos os trabalhadores e a realização de outra audiência pública para observar se as proposições do encontro de hoje foram cumpridas”.

A estudante de História Gláucia Costa de Oliveira pontuou que a participação e a voz do povo devem ser inseridos nas decisões envolvendo o transporte público. “O debate deve ser pautado no direito ao passe-livre universal, o transporte público é gratuito para todos, conforme preconiza a Constituição. O transporte coletivo deve ser retirado da iniciativa privada e sua lógica de lucro, para que o serviço chegue a todos. E precisa atingir a gratuidade para o estudante, o que já acontece em outros centros, a exemplo de Florianópolis, Cuiabá e Brasília”.

Ela questionou a qualidade dos ônibus, “com seus preços abusivos e horários não cumpridos” e propôs que seja criada uma comissão para apurar as relações do Executivo com as empresas; acesso à planilha; retomada do debate sobre o Estatuto da Cidade no que diz respeito à mobilidade urbana e audiências públicas periódicas para levantamento de problemas peculiares a cada bairro de Feira de Santana.

ASCOM/PONDÉ

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