"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

UMA MUTAÇÃO GENÉTICA RARA

INFOGRÁFICO I:Para colonizar um linfócito T4,o HIV,utiliza, mais frequentemente,um receptor CD4 acoplado a um co-receptor CCR5. Êste mecanismo faz o papel de "porta de entrada"para o vírus, que invade a célula imunitária.

INFOGRÁFICO II:Pessoas que herdam o gene CCR de seus dois pais não apresentam receptores CCR5 na superfície de seus linfócitos T4. O vírus não pode portanto,colonizar as células imunitárias.

Em 2007, Timothy Brown, um americano HIV positivo, 40 anos, que vive na Alemanha, é tratado pelo Dr. Gero Hütter, Hospital Universitário da Charité de Berlim para a leucemia, câncer do sistema imunológico. Ele está passando por quimioterapia e radioterapia, que suprimem suas células imunológicas o que falhou completamente. Então, ele passou por um transplante de medula óssea, destinados a produzir novas células imunológicas humanas. Com a aproximação do transplante, ele foi convidado a parar de tomar medicamentos anti-retrovirais o que impediria o sucesso da operação.

Mas o doador não foi apenas escolhido por sua compatibilidade com Timothy.Ele também carrega uma mutação genética rara que faz com que suas células imunológicas sejam resistentes às formas principais de HIV (90% dos vírus sexualmente transmissível), como cerca de 1% da população europeia, que herdou de ambos os pais um gene mutante CCR5. Com isso, ele não tem receptores CCR5 na superfície das células do sistema imunológico atacadas pelo HIV LT4. Esses receptores atuam como "porta de entrada" para o HIV. Na sua ausência, o vírus já não pode colonizar células do sistema imunológico.

O transplante foi um sucesso, Timothy Brown agora tem uma taxa de células do sistema imunológico semelhante ao de uma pessoa saudável.E agora as células produzidas pelo corpo são resistentes ao HIV, porque eles carregam o gene mutado. Os pesquisadores, que temiam que a cessação de anti-retrovirais levassem,rapidamente, a um surto do vírus, não conseguiram detectar carga viral. Isso leva a crer que o paciente está curado da AIDS.

Aclamado pela comunidade científica, no entanto, este resultado é confirmado com a máxima cautela. Por um lado, é possível que os vírus, apesar de indetectáveis, ainda estejam presentes em pequenas quantidades nas células "santuários".O HIV é altamente mutagênico, não podemos excluir que, em seguida, evolui para encontrar uma outra rota de entrada no sistema imunológico, por exemplo, utilizando outros receptores chamados CXCR4.

Além disso, o método utilizado pelo Dr. Hutter não poderia ser generalizado para outros pacientes, porque é muito arriscado, dizem especialistas. A taxa de mortalidade após um transplante de medula óssea é muito superior ao de um paciente infectado com o HIV seguidos clinicamente. Ela também tem um alto risco de complicações e pode deteriorar a qualidade de vida significativamente.

No entanto, esta publicação confirma o potencial da terapia gênica para tratamento da AIDS.

Por FRÉOUR PAULINE

LE FIGARO FR. 16/12/2010

Traduzido por OLDECIR MARQUES /TRADUTOR GOOGLE

Um comentário:

  1. Esta é uma visão sem saber das pesquisas atuais, que estão sendo feitas pelo médico Tebas que liderava os testes na Filadélfia, o primeiro paciente recebeu sua reifusão de células T modificadas com CCR5 em agosto de 2009. Desde então são tratados 11 voluntários HIV positivos num estudo patrocinado pelo NIH.
    Esses estudos poderão estar mais perto da cura,que qualquer um cientista desenvolveu nesses 30 anos de HIV.

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