"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

HEPATITE C, UMA DOENÇA SILENCIOSA


Os pesquisadores esperam ampliar de forma significativa(cerca de 50%) o número de curas dos portadores de Hepatite C.Os próximos anos prometem revolucionar o tratamento e o prognóstico da Hepatite C para cerca de 230.000 franceses portadores do vírus e que desenvolveram a forma crônica.

A chegada ao arsenal terapêutico de dois novos medicamentos antivirais, o BOCEPREVIR e o TELAPREVIR,destinados aos doentes portadores do vírus(VHC) dito de "genótipo 1"- há seis variantes-eleva as chances de cura.Associados ao tratamneto atual com interferon e ribavirina, amplia-se a taxa de cura para a faixa 45% -70%. Antes de serem liberados no mercado, terão uma autorização temporária de utilização em 1500 pacientes gravemente atingidos e refratários aos tratamentos atuais.

A infecção pelo VHC pode curar-se espontaneamente. Mais frequentemente passa desapercebida. Mas se a resposta imunitária é incompleta, os vírus continuam a multiplicar-se nas células do fígado e a ainfecção se torna crônica.A inflamação associadaà infecção viral provoca lesões hepáticas e a formação de um tecido amorfo, fibrótico, que substitui , pouco a pouco,o fígado são e altera seu funcionamento.

"É uma doença silenciosa: se não a procuramos não a diagnosticamos. Um quarto dos diagnósticos são ainda tardios, já no estágio de fibrose avançada ou de cirrose" explica o professor Patrick Marcellin, hepatologista do Hospital Beaujon(Paris) ,um dos 30 polos de referencia para a Hepatite C.

Para cada 100 infectados pelo VHC,20% desenvolverão uma cirrose ao fim de 20 anos,asociado a um risco de câncer hepático de 3%/ano . Na ausência de vacina, a melhor abordagem permanece sendo o diagnóstico e o tratamento precoce que cura, hoje, um doente em cada dois e divide por sete o risco de câncer.

O VHC se transmite essencialmente por via sanguínea. A maioria das contaminações novas está ligada ao uso repetido de drogas venosas."Uma boa parte dos 100.000 portadores crônicos desconhecidos não tem nenhum fator de risco identificável e sequer imagina ter sido contaminado"ressalta o professor Marcellin, que como seus colegas, destaca a necessidade de diagnóstico sistemático da hepatite C.

O aumento das transaminases pode alertar sôbre a lesão do fígado, mas o diagnóstico depende da existência de anti-HCV e, especialmente, sobre a identificação da variante em questão. Quando a fibrose, avaliada por ultra-sonografia ou biópsia hepática é mínima, a redução de fatores de risco - excesso de peso, síndrome metabólica, colesterol e álcool - pode ser suficiente. Quando mais extensa e importante ou evoluiu para cirrose, o tratamento é necessário. Ele é baseado na combinação de interferon peguilado e ribavirina, incluindo efeitos colaterais, distúrbios do humor e anemia que podem ser controlados. A eficiência média do tratamento é de 60%. A não detecção do vírus por seis meses atesta a cura da infecção, que é também muitas vezes uma cura para a doença hepática ,"fibrose avançada e cirrose, mesmo em um estágio inicial que pode regredir completamente," diz o professor João Michel Pawlotsky CHU Henri Mondor (Creteil).Recentemente foi identificado um marcador genético da resposta ao tratamento que suscita muito interesse. Novas moléculas serão sintetizadas tendo por base a estrutura do boceprevir e do telaprevir, que melhorarão as taxas de cura e darão novas esperanças aos pacientes e abrirão também a perspectiva de tratamentos sem interferon.

"O afluxo dos doentes aos centros de tratamento deverá portanto aumentar a a partir de 2012 e estes centros deverão estar preparados em termos de oferta de medicamentos e capacitação para o diagnóstico."Oldecir Marques

Por Martine Lochouarn

Figaro Santé.fr de 30/11/2010

Tradutor Google e Tradução auxiliar e adequações de OLDECIR MARQUES.

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