Lembrando-nos do velho Lua, poeta e compositor sertanejo, "de vez em quando, de quando em vez" eclode a crise da assistência hospitalar tendo como palco o Complexo Inácia Pinto. De início, por compromisso do durvalismo assumido nas ruas de Feira de Santana, na inesquecível campanha de 1992, construiu-se uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal,sob a regência do Secretário de Saúde, à época o dr. Getúlio Barbosa. Logo, a demanda elevada superlotou a pequenina e eficiente UTI do Hospital da Mulher versão João Durval. Seguiu-se a construção de uma Unidade mais ampla no Governo José Ronaldo,que foi equipada com tecnologia de ponta e deu conta do recado e culminou sendo credenciada pelo SUS. Hoje, entretanto, as pactuações com dezenas de municípios da região e a desativação de serviços outros de Obstetrícia e Neonatologia da rede privada ou, pura e simplesmente desinteresse, devido aos altos investimentos necessários para implementar este tipo de projeto , a assistência neonatal está concentrada nas duas grandes unidades públicas Hospital Clériston/Hospital da Criança e Hospital da Mulher. Há projeto, que parece não ter saído ainda das pranchetas e que já conta com substancial ajuda do Governo Federal(não consegui entender porque o MinistérioTemporão foi tão generoso sem Projeto claro), que prevê a ampliação para 18 leitos de tratamento intensivo e 18 novos leitos de tratamento semi-intensivo. O Governo Federal já liberou mais de $2 milhões em equipamentos de alta tecnologia, mas o projeto está emperrado.Enquanto isso os recém nascidos compartilham, "de vez em quando" um berço aquecido, sob os olhares atentos de uma competente equipe multidisciplinar.Por coincidência, o novo Secretário volta a ser o competente Getúlio. Agora, mais experiente, com sólido apoio político(é voz corrente que tem o apoio irrestrito do único deputado federal de Feira de Santana,o vitorioso e influente Fernando Torres) volta a ter a oportunidade de fazer história e desengavetar o Projeto de Ampliação da Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital da Mulher, tão necessária à população regional. Nós confiamos no futuro!
OLDECIRMARQUES
Êste filme exibe duas crianças em um berço aquecido em um pré-parto improvisado como Unidade Semi-Intensiva.Não é a rotina do Hospital. Entretanto, quando advém superlotação por demanda não programada e excessiva,não se tem outro jeito senão compartilhar e dividir espaço e atenção.
Êste vídeo(profissional) foi incorporado via YouTube e foi encontrado através do Site DiaBahia comandado pelo profissional de jornalismo Glauco Wanderlei. Tenho lido seus trabalhos em A Tarde, jornal diário do qual sou assinante e tenho compartilhado,por implícita autorização, alguns dos seus links no meu Saúde e Cidadania( site que me ajuda a recompor minhas redes neuronais, contudo, permanece um ato solitário e voltado para a prática amadorística de blogar) o que o tem tornado um pouco mais denso devido às indiscutíveis habilidades com a palavra escrita do brilhante jornalista. Espero que êle não se aborreça com estes repiques considerando que tenho cuidado de preservar toda a publicidade embutida nas matérias linkadas.Tenho mais exemplos fotográficos e filmográficos de superlotação, entretanto, não custa recordar o dito popular:"cada dia, com sua agonia" . A minha preocupação, de utopista a Thomas Morus militante é a de otimização do Serviço Público. Confrontando as minhas idealizações com a realidade, sinto-me um pouco Cavaleiro Andante De La Mancha,ao constatar que há grande interesse por mais casas, necessárias, diga-se de passagem,escudadas no bem sucedido Minha Casa Minha Vida,ou no jargão oposicionista Minha Casa Minha Dívida e que conta com o entusiasmo e o apoio irrestrito do empresariado específico, que enriquece a olhos vistos e vota contra Lula.Saúde Pública custa caro e envolve grandes somas e novos /velhos impostosconsiderando que o Governo sufragado de forma avassaladora nas urnas de outubro está sonhando em implantar a CSS, com o velho discurso da falta de verbas.Sabemos que o que falta mesmo é GESTÃO.Mantenho as esperanças, contudo!Talvez agora com as Parcerias Público/Privadas, exemplo claro de PRIVATIZAÇÃO do SUS, o interesse dos empresários se exacerbe e possamos ter melhores Instituições de Saúde, naturalmente financiadas com a realística e dolorosa participação do contribuinte, a fundo perdido.Melhor que isto só a Caverna de Zeus. OLDECIR MARQUES
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