"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

domingo, 14 de novembro de 2010

MINHA CASA, MINHA VIDA


Governo quer fechar o ano com 1 milhão de casas

Posted: 13 Nov 2010 09:52 PM PST


Agência Brasil

“A meta de construir 1 milhão de casas até o final do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser atingida até o final do ano. A estimativa é do ministro das Cidades, Marcio Fortes, que prevê para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) um ritmo mais acelerado, o que torna possível a construção de 2 milhões de residências durante o governo de Dilma Rousseff.

Até o momento, segundo o ministro, já foram contratadas cerca de 800 mil unidades habitacionais. Para se chegar a 1 milhão, ele conta, além do programa Minha Casa, Minha Vida, com financiamentos públicos do Banco do Brasil e iniciativas de prefeituras utilizando recursos federais. "Essa é a meta que nós temos. Já estamos próximos, na faixa de 800 mil unidades, e perseguimos o objetivo de fechar 1 milhão de residências contratadas. Temos unidades pela Caixa e pelo Banco do Brasil e ações do próprio Ministério das Cidades, que contemplam municípios com menos de 50 mil habitantes. Tudo isso faz parte do Minha Casa, Minha Vida."
Marcio Fortes disse que as obras previstas no PAC 2, que preveem o dobro de casas construídas durante o próximo governo, começam no primeiro semestre de 2011, em um investimento total de R$ 121,7 bilhões, incluindo projetos de urbanização. "O PAC 2 prevê 2 milhões de unidades ao longo de quatro anos e tem um cronograma tranquilo de execução. É uma garantia de que o programa irá em frente não só pela reserva de recursos, mas também por todo aprendizado e especialização que já foram obtidos no PAC 1, entre todas entidades envolvidas."

Segundo o ministro, dois dos principais entraves que dificultaram as obras do PAC 1 já foram resolvidos, o que deverá acelerar as futuras obras: as questões fundiárias, de legalização da posse dos terrenos, e as licenças ambientais. "Com isso, temos a certeza de encaminhar a contratação, construção e entrega desses 2 milhões de unidades até 2014."

Entre os locais que abrigarão residências financiadas com recursos federais, Marcio Fortes citou a região portuária do Rio, que terá prédios de escritórios modernos e também será o local onde ficarão as vilas dos árbitros e da mídia nas Olimpíadas de 2016. Ele disse que é importante que essa área, de fácil acesso ao centro da cidade, seja ocupada por um grande número de residências e que não sirva para a especulação imobiliária. "O que nós queremos é humanizar a área. Não basta colocar prédios inteligentes, de grandes empresas industriais ou comerciais. Nós temos é que colocar a população, com a construção de habitações."

Para Marcio Fortes, é importante revitalizar terrenos hoje abandonados, próximos ao centro das grandes cidades, em vez de empurrar a população para a periferia, o que provoca um gasto maior de tempo e dinheiro com transporte. Ele apontou o caso das áreas ao longo da Avenida Brasil, na entrada do Rio, que já foram endereços de grandes fábricas, fechadas nas últimas décadas e que hoje estão abandonadas. "Temos que discutir nas regiões metropolitanas a disponibilidade de terras. Quando há uma área já urbanizada, existe uma diminuição de custos com a infraestrutura. Fica mais fácil construir onde tem água, esgoto, rede elétrica e transporte. Facilita não só o investimento, como a vida do próprio cidadão."

O trem pede passagem

Após anos de pouca expansão da malha, o setor ferroviário prevê investimentos superiores a 100 bilhões de reais e almeja uma integração territorial nunca antes vista no País

A viabilidade do trem-bala continua uma incógnita. O governo diz que garante

“Se sobreviver ao século XX, a ferrovia será o modo de transporte do século XXI.” Quando fez essa afirmação, em 1947, o então presidente da rede ferroviária francesa (SNCS), Louis Armand, manifestava sua preocupação com a ascensão do modelo norte-americano, baseado na indústria automobilística, após a Segunda Guerra Mundial, e seu impacto sobre o transporte por trilhos. Mais de 50 anos depois, a profecia começa a fazer sentido – para os brasileiros. Após décadas de abandono e falta de perspectivas, o setor ferroviário nacional experimenta dias de euforia com a promessa de altos investimentos nos próximos anos. Estrangulado pelos gargalos logísticos que atravancam o transporte de cargas e pelos graves problemas de mobilidade nas grandes cidades, o Brasil parece finalmente despertar para a necessidade de acelerar a expansão de sua malha férrea.

Estima-se que os projetos previstos para os próximos anos vão consumir mais de 100 bilhões de reais – quatro vezes mais do que foi investido na última década. O valor, que compreende desde as grandes ferrovias para o transporte de minério no Norte e Nordeste até a expansão do metrô em São Paulo, embute uma novidade: pela primeira vez desde a implantação da ferrovia no Brasil, o investimento no setor de passageiros (75 bilhões de reais) será maior do que no de cargas (30 bilhões de reais).

FONTE:ISTO É INDEPENDENTE

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