Posted: 13 Nov 2010 10:17 PM PST
“O presidente do PT, José Eduardo Dutra, tem a dura tarefa de dividir o poder com aliados e ainda garantir que todos fiquem satisfeitos
Sérgio Pardellas e Alan Rodrigues, ISTOÉ
Quando retornar de Seul, neste fim de semana, a presidente eleita Dilma Rousseff receberá um relatório de 55 linhas e quatro mil caracteres contendo as demandas dos 11 partidos da coalizão governista por cargos estratégicos no futuro governo. No documento, ao lado de cada legenda governista está expresso o número de ministérios, diretorias de estatais e autarquias da administração federal pleiteado. Abaixo, os nomes indicados pelos partidos para as respectivas vagas. O levantamento foi elaborado pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, a partir de conversas mantidas nos últimos dez dias com dirigentes partidários. Numa sala localizada no primeiro andar do QG da transição, Dutra recebeu uma verdadeira romaria de deputados, senadores e governadores e conheceu, em primeira mão, o tamanho do apetite dos aliados. A fome é grande. A julgar pela quantidade de reivindicações, acomodar a base do governo nesse novo desenho da Esplanada dos Ministérios será uma tarefa hercúlea para Dilma. “Ninguém colocou uma faca no pescoço. Ocorre que todo mundo, além de manter o que tem, ainda quer ampliar espaço. O problema é que todos os partidos cresceram, mas o governo continua do mesmo tamanho”, disse Dutra à ISTOÉ.
De estilo de vida simples, Dutra é, em última instância, o responsável por dividir os 20 mil cargos de nomeação política que têm sido disputados de forma feroz pelo PT e seus aliados. Para dar conta de tamanha responsabilidade, tem cumprido uma agenda de 14 horas diárias de trabalho. Na terça-feira 9, depois de uma manhã agitada, ele compartilhou talheres com a bancada da Amazônia. No menu, um suculento filé ao molho madeira e, algumas vezes, indigestos pedidos de nomeações para a região Norte. À tarde, recebeu líderes do PCdoB e PTB. Mas, desta vez, o cardápio da conversa foi mais amargo, segundo testemunhas dos encontros. É que a promessa de que nenhum partido avançaria no terreno do outro não foi cumprida. O PTB, por exemplo, incluiu entre os seus pedidos o ministério do Turismo, hoje controlado pelo PT. Por causa da proximidade da Copa do Mundo e da Olimpíada, a área passou a ser considerada estratégica. Para a vaga, o PTB indica o nome do ex-presidente da CNI, Armando Monteiro (PE). “Queremos contribuir com a governabilidade, mas ficaríamos mais satisfeitos se voltássemos a controlar o Turismo”, disse Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) a Dutra. Já o PCdoB pleiteou as secretarias da Juventude ou das Mulheres, hoje também nas mãos do PT. Para uma das vagas, o nome sugerido foi o de Manuela D’Ávila.”
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